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sábado, 6 de junho de 2015

FILOSOFIA MEDIEVAL: SANTO AGOSTINHO


MÓDULO 1

#PARA COMEÇAR

Questões filosóficas:

É possível conciliar a fé com a razão? Por que o ser humano erra? Qual é o valor das boas ações? A alma é superior ao corpo?

PENSAMENTO CRISTÃO

O pensamento cristão tem início com a atividade missionária do próprio JESUS CRISTO, entre os anos de 25-30 d.C., que formou no seu entorno um grupo de discípulos denominados apóstolos e os incumbiu de difundirem a boa nova (EVANGELHO) do REINO DE DEUS. É um pensamento fundamentalmente enraizado na cultura judaica, mas com aspirações universalizantes e com aspectos originais que se contrapunham ao legalismo judeu.  É um pensamento religioso, amparado na fé e que tem como mensagem principal o amor a Deus e ao próximo.

PERÍODO MEDIEVAL

O período medieval tem início com a queda do IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE e a ascensão da IGREJA CATÓLICA como instituição que em seguida tomaria o lugar antes ocupado por imperadores latinos. Suas bases remontam à dissolução do antigo IMPÉRIO com as invasões dos povos denominados bárbaros e a crescente conversão do mundo romano à religião cristã, iniciada com a pregação de JESUS e continuada por seus apóstolos. É um período relativamente longo (V-XV d. C.) pautado pela fé cristã (RESSURREIÇÃO DE CRISTO E SALVAÇÃO DAQUELES QUE NELE CREEM) e complexo na sua análise histórica e filosófica, mas que pode ser apreendido em suas linhas gerais, até seu ocaso, quando da QUEDA DE CONSTANTIONAPLA EM 1453 d. C.

FILOSOFIA E CRISTIANISMO

A grande questão da filosofia medieval é se há compatibilidade ou não entre fé e razão, entre religião e filosofia, entre a pregação fideísta e o discurso lógico-filosófico. O embate entre filosofia e cristianismo se deu desde o primeiro momento da expansão cristã para os domínios romanos (herdeiros da cultura e teoria filosófica grega). PEDRO e PAULO foram martirizados na cidade eterna (ROMA) e a partir daí inicia-se um enfrentamento tenso, mas frutuoso para o pensamento religioso medieval.

CRISTIANISMO

A religião cristã nasceu como uma seita heterodoxa (de doutrina divergente) do judaísmo oficial dominante na região da JUDÉIA. Seus ideais se fundamentam na BÍBLIA (ANTIGO E NOVO TESTAMENTO) que narra a história do povo de Deus desde a criação com ADÃO E EVA até a RESSURREIÇÃO DE CRISTO e o APOCALIPSE (REVELAÇÃO) final, onde Jesus retornaria para ressuscitar também aos seus. A doutrina cristã se baseia principalmente no NOVO TESTAMENTO e em especial na pregação de PAULO DE TARSO, que foi o grande responsável pela expansão da IGREJA PRIMITIVA e o maior autor bíblico pós-CRISTO. Com os apóstolos e seus seguidores imediatos inicia-se a tradição daqueles que foram denominados PADRES DA IGREJA (PAIS E PATRIARCAS DA FÉ CRISTÃ). Esse período foi denominado PATRÍSTICA e abarca a obra dos padres apostólicos (discípulos diretos de JESUS e seus primeiros seguidores, como os evangelistas MARCOS e LUCAS), dos padres apologistas (que defendiam a fé cristã e a incompatibilidade entre religião e filosofia como ORÍGENES, JUSTINO E TERTULIANO) e dos padres de maior envergadura teológica e filosófica como SANTO AMBRÓSIO e SANTO AGOSTINHO que iniciarão o diálogo mais profícuo entre a cultura clássica e sua filosofia com a cultura oriental judaica e o cristianismo. O ESTOICISMO (com a ataraxia – impertubabilidade da alma que se abstém de satisfazer os desejos e paixões) e o NEOPLATONISMO (e seu dualismo corpo e alma, a concepção de NOUS como inteligência regente do universo e a doutrina da emanação que servirá para tentar explicar a CRIAÇÃO segundo os moldes cristãos) inspirarão as primeiras gerações de pensadores e filósofos cristãos.

DOUTRINAS DO ORIENTE

As grandes tradições religiosas e morais que inspiram o planeta hoje tiveram suas origens todas no oriente e num período que vai do século VI a. C. até o VI d. C. ZOROASTRO e o Zoroastrismo no IRÃ (que depois inspirará NIETZSCHE em sua obra ASSIM FALOU ZARATUSTRA), os profetas ISAÍAS, JEREMIAS e EZEQUIEL entre os judeus, CONFÚCIO (CONFUCIONISMO) e LAO TSÉ (TAOÍSMO) na CHINA, BUDA (SIDARTHA GAUTAMA) na ÍNDIA, JESUS na PALESTINA e MAOMÉ entre os árabes construíram os alicerces que atualmente ainda sustentam a cultura religiosa e moral mundial.

FÉ VERSUS RAZÃO

A filosofia, desde seu surgimento na GRÉCIA ANTIGA, sempre buscou dar respostas racionais aos questionamentos humanos e evitou apelar para mitos, para a fé ou recorrer à religião para explicar as coisas. Com a ascensão cristã rumo a ROMA, o embate foi inevitável entre fé e razão, dois modos bem distintos de tentar responder às questões que cercam e inquietam os homens e mulheres de todos os tempos. Uma das características essenciais do período medieval será tal embate. Verdades reveladas (pela BÍBLIA) da religião cristã contra as verdades argumentadas e demonstradas da filosofia. Não raro a religião cristã, por meio da IGREJA CATÓLICA, condenou como HERESIA (doutrina contrária a oficial da IGREJA) vários textos de grandes pensadores que contrariavam a ortodoxia (doutrina oficial) e a intolerância religiosa muitas das vezes fez vítimas fatais.

PATRÍSTICA

A PATRÍSTICA foi um movimento religioso liderado pelos primeiros grandes padres da IGREJA CRISTÃ e buscou inspiração principalmente na filosofia platônica para fundamentar a fé cristã. Agostinho é seu maior expoente.

SANTO AGOSTINHO

AURELIANO AGOSTINHO (354-430) nasceu em TAGASTE (NORTE DA ÁFRICA) e faleceu em HIPONA (cidades hoje situadas na ARGÉLIA) onde foi bispo da IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA. Começou sua carreira inspirando-se em CÍCERO (grande orador e político romano de pensamento eclético por misturar elementos da filosofia de PLATÃO, ARISTÓTELES e do HEDONISMO epicurista). Depois enveredou pelo MANIQUEÍSMO e a concepção de bem e mal como opostos complementares e eternos. Transitou pelo ceticismo (dúvida como princípio) até encontrar o neoplatonismo e assentar as bases que depois acabaram facilitando sua conversão ao cristianismo.

SUPERIORIDADE DA ALMA

Defendeu a superioridade da alma sobre o corpo (fonte do pecado e das tentações que desviam do projeto divino). Assim como Platão, acabou por dar mais valor à alma, mas por finalidades diferentes: Platão defendeu a superioridade da alma por ser a sede da razão, enquanto o corpo é o receptáculo das sensações, que são fonte de erros no processo do conhecer; Agostinho partiu de outro parâmetro, mas com a mesma consequência (ele dizia que a alma é eterna e fonte da verdade interior infundida na alma humana pelo CRIADOR, enquanto o corpo é a causa da corrupção e danação da humanidade). Defendeu também o livre-arbítrio, mas não conseguiu explicar como pode o ser humano ser livre diante a onisciência divina. Se DEUS sabe tudo, sabe antecipadamente o que todos os humanos farão. Logo, não há liberdade se as coisas já estiverem predeterminadas ou previstas por um ser todo sapiente.

BOA OBRAS OU GRAÇA DIVINA?

O que salva o ser humano? Agostinho ressalta a importância das boas obras, mas diz que nada do que o ser humano possa fazer será digno da salvação eterna. Portanto, o que salva não é nosso esforço, mas a GRAÇA DIVINA. Chegou a defender uma doutrina próxima da predestinação, que depois inspiraria principalmente CALVINO na REFORMA PROTESTANTE. Os sujeitos já estão, desde o nascimento, predestinados ou à salvação, ou à perdição, porque é DEUS com sua GRAÇA que escolhe a quem se revelar e quem salvar. Desta forma, bateu de frente com a posição do PELAGIANISMO (do monge PELÁGIO) que dizia que a salvação vem da boa vontade e das boas obras dos sujeitos humanos.

LIBERDADE E PECADO

Com a predestinação, AGOSTINHO complicou sua tentativa de defesa da liberdade, mas a continuou defendendo como um mistério insondável que só a DEUS cabe. O PADRE DA IGREJA continuou suas incursões sobre o tema, defendendo que nossa vontade foi pervertida pelo pecado original e agora tende sempre para o mal, graças à concupiscência. Cabe ao homem apegar-se a Deus e à fé com a esperança de conseguir dominar sua vontade decadente. Contrapõe-se, deste modo, ao intelectualismo moral que reinou na filosofia desde Sócrates e sua defesa de que toda ação má é fruto da ignorância. Para Agostinho, as más ações são fruto de uma natureza corrompida pelo pecado.

PRECEDÊNCIA DA FÉ

Entre fé e razão, AGOSTINHO não oscila em optar pela primeira. Inclusive seu lema era: “CRER PARA COMPREENDER E COMPREENDER PARA CRER”. Foi, portanto, um defensor do fideísmo que marcará a cultura medieval europeia. Mas ressaltou a importância da filosofia como serva da teologia (RATIO ANCILLA FIDEI).

INFLUÊNCIA HELENÍSTICA

Recebeu influência da cultura grega clássica e tardia, principalmente do dualismo maniqueísta, do ceticismo e sua desconfiança nos dados dos sentidos (chegou a formular uma frase muito parecida com outra que veio a se tornar célebre séculos depois com DESCARTES, dizendo: “duvido, logo existo”. Do platonismo tirou a defesa da eternidade da verdade e do conhecimento, pois oriundos de DEUS. De SÓCRATES veio a inspiração para o AUTOCONHECIMENTO, pois segundo ele, a verdade divina está na nossa interioridade e quem nos guia até ela é o MESTRE INTERIOR (DEUS ESPÍRITO SANTO). Só podemos acessar essa verdade por meio da ILUMINAÇÃO DIVINA, pois é DEUS o princípio, a origem e o fim de todo conhecimento. Difere assim da doutrina da REMINISCÊNCIA PLATÔNICA, que dizia que conhecer era recordar, pois a alma já era portadora de todos saber devido à sua existência pregressa. Tal doutrina é incompatível com o cristianismo por ser reencarnacionista e por isso é reformulada em outros moldes por AGOSTINHO, que por ser cristão defendia a ressurreição.

OUTRAS QUESTÕES

Como explicar a existência do mal se DEUS é sumamente BOM? Agostinho defende que o mal nada mais é do que a ausência do bem, portanto, não possui estatuto ontológico, não existe em si, mas é apenas um bem inferior. O que fazia DEUS antes de criar o UNIVERSO? Agostinho diz que com a criação do universo foi criado também o tempo e por isso não podemos falar em antes da criação, porque DEUS é eterno e não está submetido à temporalidade. Resposta similar (ouso dizer plagiada) foi dada por Stephen Hawking ao dizer que não podemos falar em antes do BIG BANG, pois com ele o tempo teve seu início. Como explicar o fato de um só DEUS em três pessoa distintas (PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO)? Segundo AGOSTINHO, este e outros mistérios são inacessíveis à razão humana, portanto, impossíveis de serem desvendados pela limitada mente do ser humano.

#CONEXÕES

Quanta importância você dá para as ações das pessoas? Você entende que alguém que procura agir sempre corretamente e realizar boas obras, como ajudar os mais necessitados, cresce como ser humano, torna-se um ser melhor? Ou você crê que as ações são apenas uma expressão do que a pessoa já é e tem, que as pessoas não mudam com suas ações, sejam elas boas ou más?

#CONECTADO

Santo Agostinho - O Declínio do Império Romano (Santo Augustine) - Dublado Filme Completo

EXERCÍCIOS

QUESTÃO 1 (Habilidade: Inferir o que foi apropriado de modo reflexivo.)                                                                
Nível de dificuldade: Médio.                                                                                                                                                        Assunto: Filosofia medieval.
(...) Aos domingos, o toque dos sinos não chamava o morador para o trabalho. Antes, lhe recordava que era tempo de parar com a labuta de todos os dias e dirigir o pensamento para Deus. Talvez não percebesse o significado profundo do ritual, apesar do esforço dos eclesiásticos para adaptá-lo às novas realidades urbanas. Nem o texto, que era recitado numa língua já esquecida. Mas não deixava de ser sensível às cores brilhantes do vestuário dos oficiantes, à riqueza das alfaias, à solenidade dos gestos e até à sonoridade dos cânticos. Julgava-se,  então, mais próximo da divindade e tinha quase a certeza de que as orações ditas em local e momento tão belos seriam mais facilmente atendidas.

ANDRADE, Amélia A. Um processo através da paisagem urbana medieval. In: Povos e Culturas, n. 2. Estudos de História e Arte  Homenagem a Artur Nobre de Gusmão, Edições Vega, 1995.

Podemos citar, como característica do pensamento medieval,

(A) a autonomia da razão suplanta a fé.
(B) a crença é o único acesso à verdade.
(C) a fé torna-se obstáculo para a razão.
(D) a verdade se afirma como revelação.
(E) o confronto entre a filosofia e o mito.
GABARITO: D
Comentário: Para a filosofia medieval, o conhecimento não é uma construção humana, mas uma revelação divina àqueles que possuem fé, aos escolhidos por Deus.

QUESTÃO 2 (Habilidade: Inferir o que foi apropriado de modo reflexivo.)                                                                      
Nível de dificuldade: Fácil.                                                                                                                                                       Assunto: Santo Agostinho.
A filosofia da Patrística foi dominada por Santo Agostinho. Suas ideias se inspiram em Platão, por isso é considerado como o traço de união entre o pensamento clássico e o pensamento cristão.
A
semelhança entre Platão e Agostinho, só é desfeita ao compreender a percepção do inteligível na alma, não como uma descoberta de um conteúdo passado, mas como irradiação divina no presente.
AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia. Ensino Médio. v. 1. Belo Horizonte: Educacional, 2013.

Podemos considerar como um traço de união inspirado entre o pensamento de Platão e o de Santo Agostinho a concepção

(A) da alma e do corpo como constituintes da mesma realidade.                                                                            
(B) da liberdade como característica própria da razão e não da vontade.                                                                       
(C) da razão como iluminadora dos caminhos da fé e da verdade divina.                                                                   
(D) da superioridade da alma humana e do espírito sobre o corpo.                                                                           
(E) das pessoas, indiscriminadamente, como dignas da graça de Deus.                                                                                                                                                                                                                                                                                       
GABARITO: D
Comentário: O ponto comum entre os dois pensadores é a superioridade do espírito sobre o corpo, do inteligível sobre o sensível, da essência sobre a aparência.

QUESTÃO 3 (Descritor: reconhecer a relação entre duas ideias aparentemente divergentes no pensamento filosófico medieval.)

Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Filosofia Medieval– Epistemologia

Em 1998 o Papa João Paulo II expediu a sua Carta Encíclica, denominada “Fé e Razão”, dirigida aos bispos da Igreja Católica, da qual extraímos o seguinte trecho:

“A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de conhecer a ele, para que, conhecendo-o e amando-o, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio.”
Disponível em: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/mundo-espirita/a-fe-e-a-razao.html. Acesso em: 10 jul. 2012.

A partir da análise deste fragmento é possível inferir que a fé e a razão são elementos

(A)   antagônicos, pois a fé se estrutura a partir de elementos irracionais, e a razão pela demonstração.
(B)   conciliáveis, pois ambos têm como finalidade o conhecimento científico sobre a natureza das coisas.
(C)   correspondentes, pois ambos têm como finalidade levar o homem até o conhecimento verdadeiro.
(D)  desiguais, sendo a fé superior à razão por levar o homem até Deus.
(E)   irreconciliáveis, pois a razão se estabelece por princípios lógicos, e a fé por crenças infundadas.
Resposta C

QUESTÃO 4 (Descritor:interpretar uma imagem a partir de um conceito filosófico.)

Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Filosofia Medieval Ética

O livre-arbítrio é a explicação de Agostinho para a origem do mal. O homem é um ser especial por possuir o poder de escolher, contudo ele nega sua liberdade quando

(A)   dá importância às coisas que realmente interessam, como o entretenimento.
(B)   segue o caminho escolhido por Deus.
(C)   segue o caminho mais fácil.
(D)  utiliza de maneira errônea a faculdade de escolher.
(E)   utiliza o bom senso para escolher o melhor caminho.
RESPOSTA: D

QUESTÃO 5 (Descritor: saber identificar teorias filosóficas como interpretações do mundo e avaliá-las quanto ao grau de argumentação por meio do qual são expostas.) 

Nível de dificuldade: Média.

Assunto: Filosofia Grega Tardia e Romana: capítulo 2 – Razão e fé no pensamento medieval

Leia o trecho da obra de Rodrigo Brandão:

“Agostinho nos relata sua vida até a sua conversão à fé católica em sua obra Confissões. Lá lemos que Agostinho foi seduzido pelo maniqueísmo por diversas razões, dentre elas a aparente resposta que a seita oferecia ao problema da origem do mal. Mas logo percebeu a falsidade dos ensinamentos maniqueus [...]: o maniqueísmo feria a imagem do Deus bom e todo-poderoso criador do todo a partir do nada [...] e livrava os homens da responsabilidade por suas ações”.

(Rodrigo Brandão, ‘Voltaire e as ilusões da metafísica’, em “Seis Filósofos na Sala de Aula”, Ed. Berlendis e Vertecchia, 2006).

O maniqueísmo, seita cristã do século III d.C. criticada por Santo Agostinho, assumia que

a)     o mal seria tão somente a ausência de bem.
b)     bem e mal seriam aspectos inerentes ao próprio ser humano.
c)     o Deus sendo bom,fica sem espaço para o mal no mundo.
d)     no universo existe um princípio bom (Deus) e um mau.
e)     no mundo existe apenas o mal e sua ausência.


RESPOSTA: D 

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