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sábado, 6 de junho de 2015

FILOSOFIA MEDIEVAL: SANTO AGOSTINHO


MÓDULO 1

#PARA COMEÇAR

Questões filosóficas:

É possível conciliar a fé com a razão? Por que o ser humano erra? Qual é o valor das boas ações? A alma é superior ao corpo?

PENSAMENTO CRISTÃO

O pensamento cristão tem início com a atividade missionária do próprio JESUS CRISTO, entre os anos de 25-30 d.C., que formou no seu entorno um grupo de discípulos denominados apóstolos e os incumbiu de difundirem a boa nova (EVANGELHO) do REINO DE DEUS. É um pensamento fundamentalmente enraizado na cultura judaica, mas com aspirações universalizantes e com aspectos originais que se contrapunham ao legalismo judeu.  É um pensamento religioso, amparado na fé e que tem como mensagem principal o amor a Deus e ao próximo.

PERÍODO MEDIEVAL

O período medieval tem início com a queda do IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE e a ascensão da IGREJA CATÓLICA como instituição que em seguida tomaria o lugar antes ocupado por imperadores latinos. Suas bases remontam à dissolução do antigo IMPÉRIO com as invasões dos povos denominados bárbaros e a crescente conversão do mundo romano à religião cristã, iniciada com a pregação de JESUS e continuada por seus apóstolos. É um período relativamente longo (V-XV d. C.) pautado pela fé cristã (RESSURREIÇÃO DE CRISTO E SALVAÇÃO DAQUELES QUE NELE CREEM) e complexo na sua análise histórica e filosófica, mas que pode ser apreendido em suas linhas gerais, até seu ocaso, quando da QUEDA DE CONSTANTIONAPLA EM 1453 d. C.

FILOSOFIA E CRISTIANISMO

A grande questão da filosofia medieval é se há compatibilidade ou não entre fé e razão, entre religião e filosofia, entre a pregação fideísta e o discurso lógico-filosófico. O embate entre filosofia e cristianismo se deu desde o primeiro momento da expansão cristã para os domínios romanos (herdeiros da cultura e teoria filosófica grega). PEDRO e PAULO foram martirizados na cidade eterna (ROMA) e a partir daí inicia-se um enfrentamento tenso, mas frutuoso para o pensamento religioso medieval.

CRISTIANISMO

A religião cristã nasceu como uma seita heterodoxa (de doutrina divergente) do judaísmo oficial dominante na região da JUDÉIA. Seus ideais se fundamentam na BÍBLIA (ANTIGO E NOVO TESTAMENTO) que narra a história do povo de Deus desde a criação com ADÃO E EVA até a RESSURREIÇÃO DE CRISTO e o APOCALIPSE (REVELAÇÃO) final, onde Jesus retornaria para ressuscitar também aos seus. A doutrina cristã se baseia principalmente no NOVO TESTAMENTO e em especial na pregação de PAULO DE TARSO, que foi o grande responsável pela expansão da IGREJA PRIMITIVA e o maior autor bíblico pós-CRISTO. Com os apóstolos e seus seguidores imediatos inicia-se a tradição daqueles que foram denominados PADRES DA IGREJA (PAIS E PATRIARCAS DA FÉ CRISTÃ). Esse período foi denominado PATRÍSTICA e abarca a obra dos padres apostólicos (discípulos diretos de JESUS e seus primeiros seguidores, como os evangelistas MARCOS e LUCAS), dos padres apologistas (que defendiam a fé cristã e a incompatibilidade entre religião e filosofia como ORÍGENES, JUSTINO E TERTULIANO) e dos padres de maior envergadura teológica e filosófica como SANTO AMBRÓSIO e SANTO AGOSTINHO que iniciarão o diálogo mais profícuo entre a cultura clássica e sua filosofia com a cultura oriental judaica e o cristianismo. O ESTOICISMO (com a ataraxia – impertubabilidade da alma que se abstém de satisfazer os desejos e paixões) e o NEOPLATONISMO (e seu dualismo corpo e alma, a concepção de NOUS como inteligência regente do universo e a doutrina da emanação que servirá para tentar explicar a CRIAÇÃO segundo os moldes cristãos) inspirarão as primeiras gerações de pensadores e filósofos cristãos.

DOUTRINAS DO ORIENTE

As grandes tradições religiosas e morais que inspiram o planeta hoje tiveram suas origens todas no oriente e num período que vai do século VI a. C. até o VI d. C. ZOROASTRO e o Zoroastrismo no IRÃ (que depois inspirará NIETZSCHE em sua obra ASSIM FALOU ZARATUSTRA), os profetas ISAÍAS, JEREMIAS e EZEQUIEL entre os judeus, CONFÚCIO (CONFUCIONISMO) e LAO TSÉ (TAOÍSMO) na CHINA, BUDA (SIDARTHA GAUTAMA) na ÍNDIA, JESUS na PALESTINA e MAOMÉ entre os árabes construíram os alicerces que atualmente ainda sustentam a cultura religiosa e moral mundial.

FÉ VERSUS RAZÃO

A filosofia, desde seu surgimento na GRÉCIA ANTIGA, sempre buscou dar respostas racionais aos questionamentos humanos e evitou apelar para mitos, para a fé ou recorrer à religião para explicar as coisas. Com a ascensão cristã rumo a ROMA, o embate foi inevitável entre fé e razão, dois modos bem distintos de tentar responder às questões que cercam e inquietam os homens e mulheres de todos os tempos. Uma das características essenciais do período medieval será tal embate. Verdades reveladas (pela BÍBLIA) da religião cristã contra as verdades argumentadas e demonstradas da filosofia. Não raro a religião cristã, por meio da IGREJA CATÓLICA, condenou como HERESIA (doutrina contrária a oficial da IGREJA) vários textos de grandes pensadores que contrariavam a ortodoxia (doutrina oficial) e a intolerância religiosa muitas das vezes fez vítimas fatais.

PATRÍSTICA

A PATRÍSTICA foi um movimento religioso liderado pelos primeiros grandes padres da IGREJA CRISTÃ e buscou inspiração principalmente na filosofia platônica para fundamentar a fé cristã. Agostinho é seu maior expoente.

SANTO AGOSTINHO

AURELIANO AGOSTINHO (354-430) nasceu em TAGASTE (NORTE DA ÁFRICA) e faleceu em HIPONA (cidades hoje situadas na ARGÉLIA) onde foi bispo da IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA. Começou sua carreira inspirando-se em CÍCERO (grande orador e político romano de pensamento eclético por misturar elementos da filosofia de PLATÃO, ARISTÓTELES e do HEDONISMO epicurista). Depois enveredou pelo MANIQUEÍSMO e a concepção de bem e mal como opostos complementares e eternos. Transitou pelo ceticismo (dúvida como princípio) até encontrar o neoplatonismo e assentar as bases que depois acabaram facilitando sua conversão ao cristianismo.

SUPERIORIDADE DA ALMA

Defendeu a superioridade da alma sobre o corpo (fonte do pecado e das tentações que desviam do projeto divino). Assim como Platão, acabou por dar mais valor à alma, mas por finalidades diferentes: Platão defendeu a superioridade da alma por ser a sede da razão, enquanto o corpo é o receptáculo das sensações, que são fonte de erros no processo do conhecer; Agostinho partiu de outro parâmetro, mas com a mesma consequência (ele dizia que a alma é eterna e fonte da verdade interior infundida na alma humana pelo CRIADOR, enquanto o corpo é a causa da corrupção e danação da humanidade). Defendeu também o livre-arbítrio, mas não conseguiu explicar como pode o ser humano ser livre diante a onisciência divina. Se DEUS sabe tudo, sabe antecipadamente o que todos os humanos farão. Logo, não há liberdade se as coisas já estiverem predeterminadas ou previstas por um ser todo sapiente.

BOA OBRAS OU GRAÇA DIVINA?

O que salva o ser humano? Agostinho ressalta a importância das boas obras, mas diz que nada do que o ser humano possa fazer será digno da salvação eterna. Portanto, o que salva não é nosso esforço, mas a GRAÇA DIVINA. Chegou a defender uma doutrina próxima da predestinação, que depois inspiraria principalmente CALVINO na REFORMA PROTESTANTE. Os sujeitos já estão, desde o nascimento, predestinados ou à salvação, ou à perdição, porque é DEUS com sua GRAÇA que escolhe a quem se revelar e quem salvar. Desta forma, bateu de frente com a posição do PELAGIANISMO (do monge PELÁGIO) que dizia que a salvação vem da boa vontade e das boas obras dos sujeitos humanos.

LIBERDADE E PECADO

Com a predestinação, AGOSTINHO complicou sua tentativa de defesa da liberdade, mas a continuou defendendo como um mistério insondável que só a DEUS cabe. O PADRE DA IGREJA continuou suas incursões sobre o tema, defendendo que nossa vontade foi pervertida pelo pecado original e agora tende sempre para o mal, graças à concupiscência. Cabe ao homem apegar-se a Deus e à fé com a esperança de conseguir dominar sua vontade decadente. Contrapõe-se, deste modo, ao intelectualismo moral que reinou na filosofia desde Sócrates e sua defesa de que toda ação má é fruto da ignorância. Para Agostinho, as más ações são fruto de uma natureza corrompida pelo pecado.

PRECEDÊNCIA DA FÉ

Entre fé e razão, AGOSTINHO não oscila em optar pela primeira. Inclusive seu lema era: “CRER PARA COMPREENDER E COMPREENDER PARA CRER”. Foi, portanto, um defensor do fideísmo que marcará a cultura medieval europeia. Mas ressaltou a importância da filosofia como serva da teologia (RATIO ANCILLA FIDEI).

INFLUÊNCIA HELENÍSTICA

Recebeu influência da cultura grega clássica e tardia, principalmente do dualismo maniqueísta, do ceticismo e sua desconfiança nos dados dos sentidos (chegou a formular uma frase muito parecida com outra que veio a se tornar célebre séculos depois com DESCARTES, dizendo: “duvido, logo existo”. Do platonismo tirou a defesa da eternidade da verdade e do conhecimento, pois oriundos de DEUS. De SÓCRATES veio a inspiração para o AUTOCONHECIMENTO, pois segundo ele, a verdade divina está na nossa interioridade e quem nos guia até ela é o MESTRE INTERIOR (DEUS ESPÍRITO SANTO). Só podemos acessar essa verdade por meio da ILUMINAÇÃO DIVINA, pois é DEUS o princípio, a origem e o fim de todo conhecimento. Difere assim da doutrina da REMINISCÊNCIA PLATÔNICA, que dizia que conhecer era recordar, pois a alma já era portadora de todos saber devido à sua existência pregressa. Tal doutrina é incompatível com o cristianismo por ser reencarnacionista e por isso é reformulada em outros moldes por AGOSTINHO, que por ser cristão defendia a ressurreição.

OUTRAS QUESTÕES

Como explicar a existência do mal se DEUS é sumamente BOM? Agostinho defende que o mal nada mais é do que a ausência do bem, portanto, não possui estatuto ontológico, não existe em si, mas é apenas um bem inferior. O que fazia DEUS antes de criar o UNIVERSO? Agostinho diz que com a criação do universo foi criado também o tempo e por isso não podemos falar em antes da criação, porque DEUS é eterno e não está submetido à temporalidade. Resposta similar (ouso dizer plagiada) foi dada por Stephen Hawking ao dizer que não podemos falar em antes do BIG BANG, pois com ele o tempo teve seu início. Como explicar o fato de um só DEUS em três pessoa distintas (PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO)? Segundo AGOSTINHO, este e outros mistérios são inacessíveis à razão humana, portanto, impossíveis de serem desvendados pela limitada mente do ser humano.

#CONEXÕES

Quanta importância você dá para as ações das pessoas? Você entende que alguém que procura agir sempre corretamente e realizar boas obras, como ajudar os mais necessitados, cresce como ser humano, torna-se um ser melhor? Ou você crê que as ações são apenas uma expressão do que a pessoa já é e tem, que as pessoas não mudam com suas ações, sejam elas boas ou más?

#CONECTADO

Santo Agostinho - O Declínio do Império Romano (Santo Augustine) - Dublado Filme Completo

EXERCÍCIOS

QUESTÃO 1 (Habilidade: Inferir o que foi apropriado de modo reflexivo.)                                                                
Nível de dificuldade: Médio.                                                                                                                                                        Assunto: Filosofia medieval.
(...) Aos domingos, o toque dos sinos não chamava o morador para o trabalho. Antes, lhe recordava que era tempo de parar com a labuta de todos os dias e dirigir o pensamento para Deus. Talvez não percebesse o significado profundo do ritual, apesar do esforço dos eclesiásticos para adaptá-lo às novas realidades urbanas. Nem o texto, que era recitado numa língua já esquecida. Mas não deixava de ser sensível às cores brilhantes do vestuário dos oficiantes, à riqueza das alfaias, à solenidade dos gestos e até à sonoridade dos cânticos. Julgava-se,  então, mais próximo da divindade e tinha quase a certeza de que as orações ditas em local e momento tão belos seriam mais facilmente atendidas.

ANDRADE, Amélia A. Um processo através da paisagem urbana medieval. In: Povos e Culturas, n. 2. Estudos de História e Arte  Homenagem a Artur Nobre de Gusmão, Edições Vega, 1995.

Podemos citar, como característica do pensamento medieval,

(A) a autonomia da razão suplanta a fé.
(B) a crença é o único acesso à verdade.
(C) a fé torna-se obstáculo para a razão.
(D) a verdade se afirma como revelação.
(E) o confronto entre a filosofia e o mito.
GABARITO: D
Comentário: Para a filosofia medieval, o conhecimento não é uma construção humana, mas uma revelação divina àqueles que possuem fé, aos escolhidos por Deus.

QUESTÃO 2 (Habilidade: Inferir o que foi apropriado de modo reflexivo.)                                                                      
Nível de dificuldade: Fácil.                                                                                                                                                       Assunto: Santo Agostinho.
A filosofia da Patrística foi dominada por Santo Agostinho. Suas ideias se inspiram em Platão, por isso é considerado como o traço de união entre o pensamento clássico e o pensamento cristão.
A
semelhança entre Platão e Agostinho, só é desfeita ao compreender a percepção do inteligível na alma, não como uma descoberta de um conteúdo passado, mas como irradiação divina no presente.
AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia. Ensino Médio. v. 1. Belo Horizonte: Educacional, 2013.

Podemos considerar como um traço de união inspirado entre o pensamento de Platão e o de Santo Agostinho a concepção

(A) da alma e do corpo como constituintes da mesma realidade.                                                                            
(B) da liberdade como característica própria da razão e não da vontade.                                                                       
(C) da razão como iluminadora dos caminhos da fé e da verdade divina.                                                                   
(D) da superioridade da alma humana e do espírito sobre o corpo.                                                                           
(E) das pessoas, indiscriminadamente, como dignas da graça de Deus.                                                                                                                                                                                                                                                                                       
GABARITO: D
Comentário: O ponto comum entre os dois pensadores é a superioridade do espírito sobre o corpo, do inteligível sobre o sensível, da essência sobre a aparência.

QUESTÃO 3 (Descritor: reconhecer a relação entre duas ideias aparentemente divergentes no pensamento filosófico medieval.)

Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Filosofia Medieval– Epistemologia

Em 1998 o Papa João Paulo II expediu a sua Carta Encíclica, denominada “Fé e Razão”, dirigida aos bispos da Igreja Católica, da qual extraímos o seguinte trecho:

“A fé e a razão (fides et ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de conhecer a ele, para que, conhecendo-o e amando-o, possa chegar também à verdade plena sobre si próprio.”
Disponível em: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/mundo-espirita/a-fe-e-a-razao.html. Acesso em: 10 jul. 2012.

A partir da análise deste fragmento é possível inferir que a fé e a razão são elementos

(A)   antagônicos, pois a fé se estrutura a partir de elementos irracionais, e a razão pela demonstração.
(B)   conciliáveis, pois ambos têm como finalidade o conhecimento científico sobre a natureza das coisas.
(C)   correspondentes, pois ambos têm como finalidade levar o homem até o conhecimento verdadeiro.
(D)  desiguais, sendo a fé superior à razão por levar o homem até Deus.
(E)   irreconciliáveis, pois a razão se estabelece por princípios lógicos, e a fé por crenças infundadas.
Resposta C

QUESTÃO 4 (Descritor:interpretar uma imagem a partir de um conceito filosófico.)

Nível de dificuldade: Fácil.
Assunto: Filosofia Medieval Ética

O livre-arbítrio é a explicação de Agostinho para a origem do mal. O homem é um ser especial por possuir o poder de escolher, contudo ele nega sua liberdade quando

(A)   dá importância às coisas que realmente interessam, como o entretenimento.
(B)   segue o caminho escolhido por Deus.
(C)   segue o caminho mais fácil.
(D)  utiliza de maneira errônea a faculdade de escolher.
(E)   utiliza o bom senso para escolher o melhor caminho.
RESPOSTA: D

QUESTÃO 5 (Descritor: saber identificar teorias filosóficas como interpretações do mundo e avaliá-las quanto ao grau de argumentação por meio do qual são expostas.) 

Nível de dificuldade: Média.

Assunto: Filosofia Grega Tardia e Romana: capítulo 2 – Razão e fé no pensamento medieval

Leia o trecho da obra de Rodrigo Brandão:

“Agostinho nos relata sua vida até a sua conversão à fé católica em sua obra Confissões. Lá lemos que Agostinho foi seduzido pelo maniqueísmo por diversas razões, dentre elas a aparente resposta que a seita oferecia ao problema da origem do mal. Mas logo percebeu a falsidade dos ensinamentos maniqueus [...]: o maniqueísmo feria a imagem do Deus bom e todo-poderoso criador do todo a partir do nada [...] e livrava os homens da responsabilidade por suas ações”.

(Rodrigo Brandão, ‘Voltaire e as ilusões da metafísica’, em “Seis Filósofos na Sala de Aula”, Ed. Berlendis e Vertecchia, 2006).

O maniqueísmo, seita cristã do século III d.C. criticada por Santo Agostinho, assumia que

a)     o mal seria tão somente a ausência de bem.
b)     bem e mal seriam aspectos inerentes ao próprio ser humano.
c)     o Deus sendo bom,fica sem espaço para o mal no mundo.
d)     no universo existe um princípio bom (Deus) e um mau.
e)     no mundo existe apenas o mal e sua ausência.


RESPOSTA: D 

terça-feira, 2 de junho de 2015

FILOSOFIA ANTIGA: HELENISMO (EPICURISMO, ESTOICISMO, CETICISMO E CINISMO)


MÓDULO 4

#PARA COMEÇAR

#QUESTÕES FILOSÓFICAS

Como é essencialmente o ser humano? Como são essencialmente as coisas? O que é o conhecimento verdadeiro? Como deve ser o governo da cidade? Como devemos viver?

FILOSOFIA HELENÍSTICA

O helenismo (322-264 a. C.) tem início com a ascensão de ALEXANDRE, O GRANDE, e o domínio da MACEDÔNIA sobre a GRÉCIA. A partir disso, ocorre uma difusão da cultura helênica (que era como os gregos se autodenominavam) pelo ORIENTE, não sem se ressentir de uma transformação do pensamento helênico na sua fusão com a cultura ORIENTAL.

A BUSCA DA FELICIDADE INTERIOR

A grande preocupação do período helenístico é sobre como alcançar a felicidade interior. Tal processo ocorre após a interação entre a CULTURA GREGA CLÁSSICA e a CULTURA DOS POVOS ORIENTAIS dominados por ALEXANDRE.

DO PÚBLICO AO PRIVADO

O período clássico foi marcado pela preocupação com a dimensão pública do ser humano. Desde os SOFISTAS, passando por SÓCRATES, PLATÃO e ARITÓTELES, o foco era compreender o ser humano e sua função na PÓLIS (CIDADE-ESTADO GREGA). No período helenístico a reflexão política perdeu força e a VIDA PRIVADA passou a ser o centro das atenções filosóficas. As grandes escolas filosóficas deste período vão enfrentar o problema da INTIMIDADE, da VIDA PESSOAL E INTERIOR do ser humano.

EPICURISMO: O PRAZER

EPICURO (341-271 a. C.) é o fundador da escola filosófica denominada EPICURISMO. Segundo os epicuristas, que se reuniam nos famosos jardins de EPICURO, o PRAZER é o princípio e o fim de toda e qualquer vida feliz. Mas seu HEDONISMO (busca do prazer pelo prazer) não se coaduna com o similar atual. Para EPICURO, alguns prazeres, como as paixões do corpo, não trazem felicidade, mas perturbação para a alma. Os prazeres dignos de gozo são os espirituais e intelectuais, que de forma moderada guiam o ser humano à felicidade. Seu ideal era a ATARAXIA (ausência de dor e perturbação na alma), que só poderia ser alcançado com uma vida dedicada aos prazeres sublimes da alma.

ESTOCISMO: O DEVER

ZENÃO DE CÍCIO (336-263 a. C.) é o fundador desta escola, que recebeu este nome por se reunirem em um pórtico de nome ESTOÁ. Foi a doutrina filosófica de maior sucesso durante o período helenístico. Para os ESTOICOS, a realidade que percebemos é uma REALIDADE RACIONAL, ou seja, tudo que existe é dotado de razão, ou de uma racionalidade intrínseca. Discorda dos EPICURISTAS quanto ao princípio que deve reger o comportamento humano. Para os ESTOICOS o DEVER é fundamental, e não o prazer, como queriam os epicuristas, pois devemos obedecer às leis eternas e imutáveis que regem o cosmos (universo ordenado). A natureza é a fonte da moralidade. Perseguiam o ESTADO DE PLENA SERENIDADE (APATIA, ou seja, ausência de paixões perturbadoras da alma). Segunda a doutrina estoicista, devemos compreender que tudo o que ocorre no universo possui uma razão de suceder, pois há uma ordem cósmica a reger todas as coisas. Nossa postura deve ser de aceitação da realidade tal como se apresenta, vivendo de acordo com a nossa natureza e as leis universais do cosmos.

PIRRONISMO: A SUSPENÇÃO DO JUÍZO

O PIRRONISMO (ou CETICISMO helênico) foi fundado por PIRRO DE ÉLIDA, que afirmava que TUDO É INCERTO, pois não há nada seguro e certo no universo. Diante desta realidade, a única postura honesta de um filósofo seria a da SUSPENSÃO DO JUÍZO (EPOCHÉ, em grego), ou seja, abster-se de todo e qualquer juízo sobre toda e qualquer coisa. A busca de uma verdade absoluta é uma tarefa inútil, impossível. O CETICISMO pirrônico defende a impossibilidade de todo e qualquer conhecimento sobre a realidade, e a inutilidade de toda e qualquer verdade.

CINISMO

O termo CINISMO vem do grego kynos, que significa cão. A palavra cínico tem a mesma origem etimológica, significando aquele que vive como um cão. Tal era o ideal de DIÓGENES DE SÍNOPE, fundador do CINISMO, que perambulava como um cão errante pelas ruas das cidades gregas. Herdou algumas características e ideais das escolas socráticas, como o ideal de CONHECER A SI MESMO e o DESPREZO DE TODOS OS BENS MATERIAIS. Foi apelidado de SÓCRATES demente e louco. Andava pelas cidades em plena luz do dia com uma lanterna dizendo estar procurando homens virtuosos. Dizia-se COSMOPOLITA (cidadão do mundo), portanto, sem residência fixa. Sua única morada era um barril, onde descansava de suas perambulações perturbadoras. Há algumas histórias (ou estórias lendárias e anedóticas) sobre sua vida, como aquela em que ALEXANDRE, O GRANDE, o procurou e disse-lhe que poderia pedir-lhe o que desejasse. No que foi respondido por DIÓGENES: Saias então da frente de meu sol matutino. Dizia-se também que vivia a pedir esmolas para as estátuas gregas. E sempre quando questionado sobre o porquê de tal comportamento estranho e inútil, ele respondia: Estou treinando com as estátuas, que são surdas e cegas, para não me surpreender com os homens quando a eles pedir algo e for ignorado. Dizia-se também que volta e meia andava como veio ao mundo, “pelado, pelado, nu, com a mão no bolso”, como dizia e música, e não pestanejava em se masturbar em praça pública diante de grandes platéias. O maior e mais sublime de todos os prazeres é a liberdade daquele que nada tem e a nada se apega.

#ANÁLISE E ENTENDIMENTO

Quais são as diferenças e semelhanças entre o epicurismo e o estoicismo? Por que o pirronismo é considerado uma forma de ceticismo? De que maneira seu ceticismo definia o modo de vida que propunha? Qual é a origem da palavra cinismo, e qual é a sua relação com a corrente filosófica que denomina? Qual das escolas filosóficas helenísticas você mais se identificou? Por quê?

#CONECTADO

Aula 08 - O mundo Grego: Grécia Antiga, Clássica e Helenística (História - Ensino médio)

As Cidades Gregas do Helenismo

Silencio dos Inocentes - Eterno epicurismo

FILOSOFÍA - ESTOICISMO

Estoicos. Filosofía I - Filosofía - Educatina

Estoicismo: Períodos. - Filosofía - Educatina

Escépticos y Dogmáticos - Filosofía - Educatina

O Ceticismo Empírico dos Gregos

A APROVAÇÃO PELO CINISMO (Clóvis de Barros Filho)

cinismo


#EXERCÍCIOS

QUESTÃO 1 (Habilidade: Inferir o que foi apropriado de modo reflexivo.)                                                                     
Nível de dificuldade: Médio.                                                                                                                                                        Assunto: Helenismo.
O Helenismo altera o formato da pólis e da política, ordem sócio-cultural grega, mudança conseqüente do clima de instabilidade e insegurança, que inviabilizou a participação do cidadão nas questões da cidade.

AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia. Ensino Médio. v. 1. Belo Horizonte: Educacional, 2013.

Nesse contexto, o grande tema do conhecimento não é mais a política, a filosofia voltou-se para

(A) a ampliação e conquista de novos territórios.                                                                                                                                 
(B) a busca do bem e da beleza.                                                                                                               (C) a compreensão das questões míticas.                                                                                                                 
(D) a modernização das convenções.                                                                                                                          
(E) o interior do homem e as questões éticas.
GABARITO: E
Comentário: No helenismo, mudou-se o foco para a vida interior do homem e as questões éticas. Uma ética voltada para a busca da felicidade, através da harmonização do homem.

QUESTÃO 2 (Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos nas artes e outras produções culturais.)

Nível de dificuldade: Fácil.                                                                                                                                                     
Assunto: Ceticismo.


CARAVAGGIO. A incredulidade de São Tomé. 1599.

Caravaggio pintou o discípulo Tomé, olhando aterrorizado para os sinais da morte de Jesus, enquanto este ajuda o apóstolo a encostar o dedo em sua ferida aberta. A pintura, considerada uma das obras mais comoventes do pintor italiano, ilustra uma importante corrente do Helenismo, conhecida como

(A) Ceticismo.
(B) Cinismo.
(C) Epicurismo.
(D) Estoicismo.
(D) Hedonismo.

GABARITO: A
Comentário: A pintura ilustra o ceticismo, corrente filosófica que duvida de tudo, acreditando que não existe uma verdade absoluta.

QUESTÃO 3 (Habilidade: Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo.)                                                                
Nível de dificuldade: Médio.                                                                                                                                                      Assunto: Helenismo.

A Grécia viveu um grande esplendor cultural no século V a.C. Contraditoriamente esse século foi marcado por inúmeras guerras, que viram nascer e ruir o imperialismo grego. A Macedônia é uma região isolada do mar, situada no Nordeste da Grécia continental cujos habitantes, descendentes dos povos indo-europeus e falantes da língua derivada do grego eram chamados por eles de bárbaros. Enquanto as cidades gregas entravam em decadência, os macedônios até então isolados, fortaleciam-se e iniciavam as conquistas aos territórios gregos vizinhos.
AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia.  Ensino Médio. v. 1. Belo Horizonte: Educacional, 2013.

O texto acima faz referência ao início do período denominado helenístico. Durante este período ocorreu a

A)     Interação entre a cultura grega e a cultura dos povos orientais conquistados por ALEXANDRE.
B)      Interação entre a cultura romana e a cultura dos povos orientais conquistados por ALEXANDRE.
C)      Interação entre a cultura judaica e a cultura dos povos orientais conquistados por JÚLIO CÉSAR.
D)     Interação entre a cultura americana e a cultura dos povos orientais conquistados por NERO.
E)      Interação entre a cultura grega e a cultura dos povos orientais conquistados por NERO.
RESPOSTA: A

QUESTÃO 4 (Habilidade: Articular conhecimentos filosóficos e diferentes formas de linguagem.)                                             
Nível de dificuldade: Fácil.                                                                                                                                                      
Assunto: Ceticismo.



A tirinha se refere à corrente filosófica chamada ceticismo, formulada por Pirro de Elida (360 – 270 a.C.). A concepção de conhecimento defendida por essa corrente filosófica

A)   Era de que é possível alcançar a certeza absoluta.
B)   Era de que tudo é incerto.
C)   Era de que devemos julgar tudo de acordo com as nossas verdades.
D)   Era de que o conhecimento é possível.
E)   Era de que há verdade absoluta.

RESPOSTA: B

QUESTÃO 5 (Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos nas artes e outras produções culturais.)

Nível de dificuldade: Médio.                                                                                                                                                       Assunto: Cinismo.


GÉRÔME, Jean-Léon. Diógenes sentado em seu barril.1860.

Diógenes foi o mais importante filósofo do Helenismo. Conta-se que ele morava num grande barril e perambulava pelas ruas carregando uma lamparina, durante o dia, alegando estar procurando por um homem honesto. Inspirado pelas ideias socráticas, acreditava que a virtude devia ser buscada na ação e não na teoria, tentando, com suas ideias e ações, denunciar e desbancar as instituições e valores sociais do que ele considerava como uma sociedade corrupta.

AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia.  Ensino Médio. v. 1. Belo Horizonte: Educacional, 2013.

As principais ideias defendidas por essa forma de pensar eram

A)   O conhecimento da política e da vida pública.
B)   A exterioridade e a vida pública dos indivíduos.
C)   Conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais.
D)   Buscar o prazer e a ataraxia (ausência de dor).
E)   Viver conforme a leis da natureza e o dever cósmico.

RESPOSTA: C

QUESTÃO 1
Habilidade: Identificar no texto filosófico as condições do surgimento da Filosofia.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: As origens da Filosofia ocidental
“[...] No entanto, a Filosofia surge como Cosmologia (lógos = razão, palavra, discurso, contar, calcular), ou seja, a compreensão de que o mundo é, sim, organizado, mas os fundamentos de suas explicações não são meramente seres antropomórficos, mas conceitos de nossa própria racionalidade. A Filosofia surge para substituir o modelo mitológico-cosmogônico, pelo cosmológico-racional. Isso não quer dizer que o processo anterior seja irracional, mas apenas se constitui como uma lógica imanente, no sentido de se atrelar ao psicológico ou a conteúdos que dêem forma aos argumentos, enquantoa Filosofia, ao se fazer e se constituir, vai propor o modelo inverso, qual seja, em que a forma lógica constitui melhor os conteúdos do pensamento, ascendendo ao verdadeiro conhecimento.[...]”
Disponível em: http://www.brasilescola.com/filosofia/nascimento-filosofia.htm>. Acesso em: 01 out. de 2012.

A Filosofia nasce como busca pelo saber aos moldes da razão, esta passa a ser o “norte” do Ocidente baseada no “lógos” que dá sentido à realidade.
Partindo das informações do texto, conclui-se que a Filosofia
A)   aparece, junto com o logos, na busca ordenada da verdade, em movimento ascendente ao verdadeiro conhecimento.
B)   nasce como um processo natural,substituindo o modelo cosmológico-racional pelo mitológico-cosmogônico.
C)   nasce do encanto e admiração dos seres humanospelo desconhecido e pelo mistério, agora desvendado pela razão.
D)   surgeda pretensão de explicar e dar significado àrealidade, através de seu discurso lógico-argumentativo.
E)   surge da tradição mitológica que se baseia numa lógica imanente, atrelada ao psicológico dos indivíduos.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: A palavra “lógos” é traduzida como razão, discurso, linguagem; tal como apresentada no final do texto, o que permite à Filosofia existir como busca do verdadeiro conhecimento através do uso da razão.
QUESTÃO 2
Habilidade:Relacionar textos que abordam o mesmo tema em contextos diferentes.
Nível de dificuldade: Média
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
“Segundo Tales, a origem de todas as coisas estava no elemento água: quando densa, transformaria-se em terra; quando aquecida, viraria vapor que, ao se resfriar, retornaria ao estado líquido, garantindo assim a continuidade do ciclo. Nesse eterno movimento, aos poucos, novas formas de vida e evolução iriam se desenvolvendo, originando todas as coisas existentes.”

Disponível em: <http://www.brasilescola.com/filosofia/tales-mileto.htm> Acesso em: 01 out. de 2012.
“A água é fundamental para o planeta. Nela surgiram as primeiras formas de vida, e a partir dessas, originaram-se as formas terrestres, as quais somente conseguiram sobreviver na medida em que puderam desenvolver mecanismos fisiológicos que lhes permitiram retirar água do meio e retê-la em seus próprios organismos. A evolução dos seres vivos sempre foi dependente da água”
Disponível em:< http://www.senacrs.com.br/FECOMERCIO/ANF/NOTICIAS/fotos/2008319/15045.pdf >
Acesso em: 01 out. de 2012.
Tales de Mileto é considerado pela história da Filosofia, o primeiro pensador a buscar o princípio (arqué) de todas as coisas. Os dois textos e seus argumentos defendemem comum, que
A)   a terra, onde nasce a água, é o elemento primordial que origina todas as coisas.
B)   o elemento que originou todas as coisas, foi uma descoberta de Tales de Mileto.
C)   a água,como origem da evolução da vida, não depende de outros elementos da natureza.
D)   a água, é o elemento comum e originário da existência da vida no cosmo.
E)   a água, transformada em vapor é que garante a continuidade do ciclo da vida.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIO:Os dois textos descrevem em comum, a consideração da água como o elemento que deu origem à natureza e todas as formas de vida aí existentes.
QUESTÃO 3
Habilidade:Relacionar o pensamento filosófico a diferentes formas de linguagem.
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
Leia o poema a seguir:


Às folhas tantas 
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia 
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos rombóides, boca trapezóide, 
corpo retangular, seios esferóides.
Fez de sua uma vida 
paralela à dela
até que se encontraram 
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
[...]
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade 
integral e diferencial. 
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes 
até aquele dia 
em que tudo vira afinal
monotonia.
[...] 
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser 
moralidade
como aliás em qualquer 
sociedade.


GOGO, Vão. Tempo e Contratempo, Edições O Cruzeiro. Rio de Janeiro, 1954.
Diferentemente do que ensinavam os contemporâneos de sua época, Pitágoras defendia que o princípio essencial de que são constituídas todas as coisas é o número, ou seja, as relações matemáticas são um instrumento de compreensão do real.

A partir das ideias do poema, constata-se que o poeta

A)     descreve o amor buscando a mesma exatidão das representações matemáticas.
B)     descreve o mundo matematicamente, da mesma forma que Pitágoras.
C)    é pitagórico, pois suas representações se originam da linguagem matemática.
D)    é apaixonadopela matemática, como Pitágoras,sendo ambos, considerados pitagóricos.
E)     relaciona a matemática com o amor, como Pitágoras fazia em relação ao tempo.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: A poesia utiliza como instrumento a Matemática para exaltar o amor, inspirada em Pitágoras e na sua concepção de que as relações matemáticas são um instrumento de compreensão do real.
QUESTÃO 4
Habilidade:Compreender a concepção heróica grega.
Nível de dificuldade: Fácil
Assunto: Período homérico
“As ações heróicas relatadas nas epopeias mostram a constante intervenção dos deuses, ora para auxiliar o protegido, ora para perseguir o inimigo. O indivíduo é presa do destino, que é fixo, imutável.”
Assim diz o troiano Heitor:
“Nenhum homem me fará descer à casa de Hades contrariando o meu destino. Nenhum homem, afirmo, jamais escapou de seu destino, seja covarde ou bravo, depois de haver nascido.”
HOMERO. Ilíada (em forma de prosa). 9. ed. Rio de Janeiro: 1999.p.31 e 72.

A partir das ideias do texto, Homero entende o herói como

A)   dependente dos deuses e do destino, devido a suas convicções religiosas.
B)   dependente dos deuses e do destino, faltando a ele uma noção clara de liberdade.
C)   protegido dos deuses, por não possuir a compreensão da vida e suas intempéries.
D)   subjugado pelos deuses, que brincavam com sua liberdade e seu destino
E)   ameaça para os deuses,sendo frequentemente castigados por eles.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: O herói, apesar de enfrentar a morte fazendo escolhas, acreditava em deuses e no destino, não tendo perspectiva clara de liberdade.
QUESTÃO 5
Habilidade:Identificar no poema o conceito de átomo.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
Leia atentamente o poema

Átomo, poesia, memória: um Lucrécio perdido no livro de Química

«… átomo algum interrompe jamais o seu movimento no vácuo,
antes se move sem cessar, empurrando e sendo empurrado
Em várias direções, e as suas colisões provocam,
Consoante o caso, maior ou menor ressalto.
Quando combinamos da forma mais densa,
A intervalos muito próximos, com o espaço entre si
Mais obstruído pelo entrelaçado da figura,
Dão-nos a rocha, o diamante, o ferro,
Coisas dessa natureza. (Não existem muitas espécies de átomos
Que errem, pequenos e solitários, através do vácuo.)
Apesar de se encontrarem em constante movimento,
O seu todo aparenta absoluta quietude,
Salvo, aqui e ali, alguma oscilação particular.
A sua natureza está além do alcance dos nossos sentidos,
Muito, muito além. Já que não somos capazes de ver
As coisas como são na realidade, elas são obrigadas a esconder-nos os seus movimentos,
Especialmente porque, mesmo as que conseguimos ver, muitas vezes
Nos ocultam também os seus movimentos, quando à distância.
Tomemos por exemplo um rebanho a pastar
Numa encosta; sabemos que esses animais de caracóis de lã
Se movimentam para onde quer que os atraia a bela erva,
Em qualquer lugar onde esta se encontre, ainda cravejada de jóias de orvalho cintilantes, e que os cordeiros,
Já saciados, saltam e brincam, brilhando ao sol.
Tudo isto, porém, visto á distância, é apenas uma mancha azulada
Esbranquiçada, repousando numa colina verde.
…»
LUCRÉCIO. De Rerum Natura. Sobre a Natureza das Coisas. Disponível: http://viveraciencia.wordpress.com/2009/06/09/atomo-poesia-memoria-um-lucrecio-perdido-no-livro-de-quimica/

Os atomistas postularam a existência de uma infinidade de partículas separadas, espalhadas por um espaço infinito, por volta do século V a.C., e somente a partir do século XVI com os instrumentos científicos, esse postulado foi comprovado.

Ao ler o poema,  identifica-se que os

A)  atomistas foram reconhecidos como cientistas além de seu tempo.
B) átomos que existem na natureza são infinitos.
C) átomos são divisíveis por serem dotados de cargas opostas entre si.
D) átomos formam um limite indivisível da matéria.
E) átomos revelam como as coisas são essencialmente.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: O poema mostra que o conceito de átomo diz respeito à unidade indivisível da matéria que dá origem a toda realidade. 
QUESTÃO 6
Habilidade:Explicar a origem da razão a partir do mito de Prometeu.
Nível de dificuldade: Fácil
Assunto: Período homérico
Leia o texto a seguir.

Prometeu era um dos titãs, uma raça gigantesca, que habitou a terra antes do homem. Ele e seu irmão Epimeteu foram incumbidos de fazer o homem, e assegurar-lhe, e aos outros animais, todas as faculdades necessárias à sua preservação. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu de examiná-la, depois de pronta. Assim, Epimeteu tratou de atribuir a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade(...). Quando, porém, chegou a vez do homem, nenhum dom restava. Recorreu a seu irmão Prometeu, que, subiu ao céu e acendeu sua tocha no carro do sol, trazendo o fogo, privilégio dos deuses, para o homem, assegurando, assim, sua superioridade sobre os outros animais. O fogo lhe forneceu o meio de construir as armas com que subjugou os animais e as ferramentas com que cultivou a terra; aquecer sua morada, de maneira a tornar-se relativamente independente do clima, e, finalmente, criar a arte da cunhagem das moedas, que ampliou e facilitou o comércio.Como castigo, por ter roubado o fogo dos deuses, Zeus  acorrentou Prometeu a um penhasco, onde um pássaro devorava diariamente seu fígado, que, a seguir, se reconstituía.

 Acesso: 29 nov. 2012. Adaptado.

A história de Prometeu propõe-se a explicar

A)     aorigem da razão representada pelo fogo dos deuses.
B)     a origem das capacidade dos animais como seres naturais.
C)    arelação de poder entre deuses, Titãs e o homem.
D)    a relação fraterna entre os Titãs Epimeteu e Prometeu.
E)     o poder dos deuses centrado na posse do fogo.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Segundo a narrativa, Prometeu teria roubado o fogo dos deuses e o entregou aos mortais. A partir desse momento, o ser humano tomou consciência de si e do mundo, tornando-se superior a todos os outros seres, através do uso da razão.
QUESTÃO 7
Habilidade:Compreender o conceito de  mito.
Nível de dificuldade: Fácil
Assunto: Mito
“A mitologia é considerada a forma mais antiga de explicação da realidade. O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso; tratava a respeito do surgimento dos deuses, do mundo e da vida. Está presente em todas as culturas humanas. O sistema mítico de explicação projeta paixões, as motivações e as experiências dos próprios seres humanos para o mundo celeste. Os povos mais antigos, em geral, orientavam suas vidas com base nos mitos.”
Disponível em: <www.fafich.ufmg.br/~labfil/mito_filosofia.../prometeu_epimeteu.pdf> Acesso em: dia mês ano.

De acordo com o texto, o mito é compreendido como uma

A)     concepção filosófica sobre a origem dos deuses para interpretar a vida.
B)     narrativa explicativa sobre a origem dos deuses, do mundoe da vida.
C)    narrativa racional sobre as origens dos deuses, do mundo e da vida.
D)    teoria religiosa para explicar a origem dos seres vivos e do universo.
E)     teoria argumentativa sobre a origem da natureza, presente nas culturas antigas.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: O mito era uma narrativa, transmitida pela tradição, visando explicar o mundo, independente de uma comparação científica. Não usa argumento, nem razão, sendo intuitiva;  seu critério de verdade é a fé.
QUESTÃO 8
Habilidade:Interpretar um  tema da  Filosofia pré-socrática.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Filósofos pré-socráticos

“Os primeiros pensadores, conhecidos como pré-socráticos, iniciaram uma busca lógica e racional centrando a atenção na natureza, a qual chamavam de physis, e elaboraram diversas concepções cosmológicas que procuravam a racionalidade constitutiva do universo.

A partir dos pensadores pré-socráticos, as respostas às indagações existenciais do homem passam a ter como referência

A)     o mundo interior, ou seja, a observação do ser e seus processos psíquicos.
B)     omundo exterior, ou seja, a observação do mundo natural e seus processos.
C)    o mito e suas explicações fantasiosas em busca do sentido da vida.
D)    a lógica e seus argumentos compondo uma explicação sobre a origem da vida.
E)     o mundo natural visto a partir de uma concepção e origem divina.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIO:A partir dos pré-socráticos, a razão entra em cena nas explicações sobre a natureza e seus processos, provocando rupturas com as verdades estabelecidas pelas explicações míticas, abrindo as portas para o surgimento da Filosofia.
QUESTÃO 9
Habilidade:Relacionar o conceito de catarse à tragédia grega.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: O teatro grego e a catarse

[...] O nascimento da tragédia estáligado a práticas religiosas e a rituais realizados em honra de Dionísio, deus do vinho, da embriaguez, da música e da dança. Os artistas honravam esta divindade através da apresentação dos ditirambos – canto de natureza coral, intenso e apaixonado, composto de uma esfera narrativa,interpretada por personagens caracterizados como faunos e sátiros, conhecidos como seguidores de Dionísio.Como pacificação e exaustão de forças embriagadoras e insanas que são invocadas pela tragédia, temos a catarse, vista como pacificação e exaustão de forças embriagadoras e insanas, causadora de uma sensação única na alma, atribuída a Dionísio.

Disponível em:<http://www.infoescola.com/filosofia/catarse/> Acesso em: 08 out. 2012

Essa associação da catarse a uma sensação única na alma, atribuída ao deus Dionísio, deve-se

A) ao estado de embriaguês e loucura que ela proporciona.
B)à ausência de consciência da realidade, devido à embriaguês.
C)ao alívio provocado na alma, através do expurgo das emoções.
D)à sensação de insanidade, que afasta o indivíduo da realidade.
E) à libertação das fraquezas e dos medos, devido à sua proteção.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: A “catarse” é  definida como purgação dos sentimentos de terror e compaixão, ou seja, das emoções dos espectadores, diante das paixões humanas representadas no palco. Ao se identificar na cena, o indivíduo se projetava nos personagens, experimentando emoções que o levavam à liberação dos seus próprios sentimentos e tristezas, diante do trágico fim destinado ao herói ao final do espetáculo.
QUESTÃO 10
Habilidade:Compreender a filosofia de Parmênides.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
Ao “tudo flui”, contrapôs-se a imobilidade do ser. Para ele, é absurdo e impensável considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo. À contradição opõe o princípio segundo o qual “o ser é” e o “não ser não é”,concluindo que o ser é único, imutável, infinito e imóvel. O movimento existe apenas no mundo sensível, e a percepção levada a efeito pelos sentidos é ilusória.
Disponível em: <filosofiadoveritas.wordpress.com/2011/.../parmenides-o-ser-e-imovel>. Acesso em: 12 out. 2012.

Essa descrição se refere ao pensamento de

A) Heráclito
B)Demócrito                                                                                                                                            C) Parmênides 
D)Pitágoras                                                                                                                                                E) Diógenes

RESPOSTA: C
COMENTÁRIO:O texto relata o pensamento de Parmênides que, ao contrário de Heráclito, acreditava que “tudo permanece”, considerando contraditório buscar a essência naquilo que não é essencial, que não permanece (mudança, o movimento). O ser é  imutável e imóvel, e é o único que existe.”
QUESTÃO 11
Habilidade:Identificar a relação entre os deuses Apolo e Dionísio no contexto da tragédia.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Mito e tragédia
São deuses gregos que representam pulsões da natureza que se completam. Um, é o deus imberbe do sol, o deus da figuração, da ordem, da racionalidade.O outro, é o deus da embriaguez, da música, dos rituais órficos, do êxtase. Essas forças se completam na arte trágica dos gregos - a tragédia ática, bem como nos mitos e nas poesias da época arcaica. Ambas, essas forças da natureza são também fundantes da psiquê humana, que expressamos na arte: numa arte mais figurativa, clássica; ou numa música, na dança, no sensualismo [...]
Disponível em: <http://www.plurall.com/forum/cultura-trance/textos-poesias/5173-apolo-dionasio/> Acesso em 09 out. 2012. Adaptado.

Os deuses, representantes das pulsões da natureza, a que o texto se refere são

A)     Apolo e Dionísio.
B)     Eros e Dionísio
C)    Eros e Afrodite
D)    Zeus e Dionísio
E)     Zeus e Apolo

RESPOSTA: A
COMENTÁRIO:Apolo e Dionísio são os deuses gregos que representam as pulsões complementares da natureza expressas no texto.
QUESTÃO 12
Habilidade:Identificar a dimensão política existente na origem da Filosofia.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: As origens da Filosofia
“A razão grega não se formou tanto no comércio humano com as coisas, quanto nas relações dos homens entre si. Desenvolveu-se menos através das técnicas que operam no mundo que por aquelas que dão meios para domínio de outrem e cujo instrumento comum é a linguagem: a arte do político, do reitor, do professor. A razão grega é a que de maneira positiva, refletida, metódica, permite agir sobre os homens, não transformar a natureza. Dentro de seus limites como em suas inovações, é filha da cidade.”
Vernant. As origens do pensamento grego. p. 95
No texto de Vernant, identificamos que a racionalidade grega é filha da cidade, assim,  conclui-seque sua origem é a
A)Aletheia. B) Areté.C) Physis.D) Pólis.E) Sóphia.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: Para os gregos o homem só exerce plenamente sua humanidade quando faz uso de sua razão. O lógos, ou razão só pode ser desenvolvido na polis (cidade). É no diálogo, no discurso, que o homem desenvolve plenamente aquilo que ele é, um animal racional.
QUESTÃO 13
Habilidade: Compreender os fundamentos da teoria de Heráclito.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
Analise o trecho a seguir.
“Este mundo, que é o mesmo para todos, nenhum dos deuses ou dos homens o fez; mas foi sempre, é e será um fogo eternamente vivo, que se acende com medida e se apaga com medida.”
Heráclito. Pré-socráticos, p. XXVIII
Para Heráclito, o ser é o múltiplo, não apenas no sentido de que há uma multiplicidade de coisas, mas por estar constituído de oposições internas. O que mantém o fluxo da mudança não é simplesmente o aparecer de novos seres, mas a força dos contrários, pois é da luta dos opostos que nasce a harmonia e a razão-discurso é a criadora e unificadora das tensões opostas.
Heráclito utiliza o fogo como metáfora para exemplificar o dinamismo do devir, demonstrando que
A)     o equilíbrio do universo se dá pelo seu movimento.
B)     anatureza encontra seu equilíbrio no repouso.
C)    avida é surpreendente e caótica.
D)    omovimento do universo foi determinado por Deus.
E)     ouniverso é imutável, sendo o movimento ilusório.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Para Heráclito o Lógos é a medida que determina o acender e o apagar do fogo. Lógos – pensamento, a razão criadora e unificadora das tensões opostas, a razão-discurso.
QUESTÃO 14
Habilidade:Relacionar princípios filosóficos com situações da atualidade.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Platão e aAlegoria da Caverna

Em um diálogo intitulado “A República”, Platão cria uma imagem conceitual, a Alegoria da Caverna, na qual faz uma leitura entre o mundo das aparências, percebido pelos sentidos, e o mundo das essências eternas e imutáveis, captado somente pela razão. Segundo Platão, o filósofo seria responsável para conduzir aqueles que admiram apenas imagens (sombras), a contemplar a verdadeira essência das coisas, através do exercício racional. A alma, que estaria presa a uma caverna (corpo), poderia se libertar e contemplar a “verdadeira realidade”.

Sobre isso, a charge de Mauricio de Sousa mostra os homens da atualidade

A)  libertos  das imagens que os alienava da vida.                                                                             
B)  presos às imagens do fantástico show da vida.
C)  escravos das imagens, como o homem da caverna.
D)  pensadores, inspirados no homem da caverna.
E)  libertos das sombras, graças às informações do Fantástico.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Nota-se, na charge, a crítica de MaurIcio de Souza às pessoas que ficam escravas das imagens, da aparência, fazendo menção a um programa de TV. Apesar de o modelo ter outra roupagem, ele reafirma a escravidão do homem, como na época em que foi escrita a Alegoria da Caverna, de Platão.
QUESTÃO 15
Habilidade:Interpretar uma imagem a partir de um pressuposto filosófico.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: As origens da Filosofia


Disponível em: . Acesso em: 01 out. 2012

De acordo com os gregos, a marca distintiva do ser humano é o pensamento. A charge faz uma crítica ao comodismo do homem frente às facilidades que a tecnologia oferece.

De acordo com a imagem, o homem

A)     mantém seu espírito investigativo inspirado pelo entretenimento.
B)     torna-se mais reflexivo com as dicas dadas pela televisão.
C)    torna-semais dinâmico, ligado a  tudo que é midiático.
D)    pensa com mais agilidade, de posse do controle remoto.
E)     perde a capacidade de reflexão, pela ausência de tempo livre.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: Devido a grande atenção dada ao entretenimento, o ser humano passa mais tempo em frente de uma TV do que voltado à reflexão filosófica ou às questões pessoais e familiares.
QUESTÃO 1

Habilidade: Relacionar uma imagem a um conceito filosófico.
Nível de dificuldade: Difícil
Assunto: Aristóteles



Disponível em: LAERTE. Classificados. São Paulo: Devir, 2001. p. 25. Acesso em: 11 fev. de 2013.

Aristóteles define o homem como animal político. Para ele, assim como os animais possuem uma identidade ligada ao seu instinto, o homem possui essencialmente uma natureza social, relacional.

A definição de Aristóteles se diferencia da ideia expressa na charge, ao afirmar que

A)     o animal é o político corrupto e individualista.
B)     o político é um animal que possui uma natureza social.
C)    o homem vive de forma organizada como os animais.
D)    os direitos devem ser acessíveis a todos os homens.
E)     o homem é ser anti-social, que deve ser isolado dos outros homens.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: A concepção de ser humano de Aristóteles se opõe a ideia da charge. Enquanto Aristóteles afirma que a natureza humana é política, no sentido de possuir essencialmente a habilidade de convívio, da linguagem, da relação interpessoal; a charge mostra o político corrupto como um animal perigoso e irracional, e que deve, por isso, ser isolado dos outros seres.

QUESTÃO 2

Habilidade: Relacionar um pensamento filosófico ao conteúdo de um quadrinho.
Nível de dificuldade: Fácil
Assunto: Etica aristotélica

Relacione o conteúdo dos quadrinhos com a concepção aristotélica sobre a felicidade.



Disponível em: . Acesso em: 11 fev. 2013.

Para Aristóteles a felicidade é resultado de uma vida pautada no meio-termo. Para ele a felicidade está fundamentada na capacidade que o sujeito tem de agir de uma maneira que não seja excessiva ou faltosa. Essa capacidade, Aristóteles define como excelência moral.

Os quadrinhos apresentam uma concepção de felicidade que

A)     concorda com a ideia de Aristóteles de que a felicidade está baseada na falta ou no excesso.
B)     contrapõe-se a ideia de Aristóteles ao vincular a felicidade a um estilo de vida baseada no excesso.
C)    corresponde à ideia de Aristóteles, pois mostra que a felicidade é fruto do esforço individual.
D)    discorda da concepção aristotélica por apresentar a felicidade como consequência da violência.
E)     simula uma hipótese, eticamente aceitável, de felicidade baseada na infelicidade alheia.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Calvin afirma que o segredo da felicidade está ligado à possibilidade de utilizar o dinheiro para realizar excessivamente várias coisas na vida. Para ele o excesso é a causa da felicidade. Aristóteles afirma que a vida feliz está no equilíbrio entre o excesso e a falta.

QUESTÃO 3

Habilidade: Inferir princípios éticos, tomando como referência situações cotidianas.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Etica



Disponível em: .
Acesso em: 08 abr. 2013.

A ética diz respeito à forma com que cada pessoa se posiciona diante do mundo. Cada escolha implica em uma responsabilidade ética. Geralmente as pessoas esperam passivamente que o mundo melhore no futuro. A resposta de Mafalda a  seu amigo aponta um ponto de vista diferente.

Para Mafalda, um futuro melhor depende

A)     da concepção de cada um sobre o que é “o melhor”.
B)     da consciência das pessoas como parte do coletivo.
C)    do aperfeiçoamento ético e moral das pessoas.
D)    da conduta individual das pessoas diante do universo.
E)     do desejo das pessoas de que as coisas melhorem.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: Os quadrinhos mostram que um ano novo melhor não depende apenas da expectativa das pessoas diante do futuro. Um ano melhor depende de pessoas melhores, ou seja, de pessoas “mais aperfeiçoadas” do ponto de vista ético.

QUESTÃO 4

Habilidade: Avaliar a política brasileira a partir do ponto de vista da filosofia de Aristóteles.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Ética aristotélica

Para Aristóteles o meio-termo é o equilíbrio entre a falta e o excesso. A coragem, por exemplo, é o meio termo entre o medo (falta) e a temeridade (excesso). No contexto da charge a simples divisão matemática entre culpados e inocentes é compreendida como encontrar um meio-termo.

Do ponto de vista de Aristóteles, encontrar o meio-termo seria

A)     escolher uma pessoa para absorver a culpa dos demais.
B)     isentar-se de emitir um julgamento ou opinião.
C)    responsabilizar os investigados pela corrupção investigada.
D)    julgar culpados e inocentes de acordo com a justiça.
E)     satisfazer  tanto a “situação” quanto a “oposição” do governo.


RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: A expressão meio-termo identificada na charge tem um significado de divisão matemática entre os investigados pela CPI.  Meio-termo, para Aristóteles, é uma expressão que significa equilíbrio ou justiça. Não se trata de uma divisão matemática entre a falta e o excesso, mas de um comportamento ético em que o bom senso e a justiça são a medida.

QUESTÃO 5

Habilidade: Diferenciar as concepções de igualdade e justiça.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Etica



Disponível em: .
 Acesso em 11 de Fev. de 2013


Do ponto de vista da política, igualdade e justiça nem sempre são correspondentes.

A imagem mostra que diferentemente da igualdade que coloca todos no mesmo nível, a justiça consiste em

A)     colocar os que são do mesmo “tamanho” no mesmo nível.
B)     conceder os mesmos direitos independente da especificidade de cada um.
C)    deixar que cada  indivíduo alcance até o nível que consegue alcançar.
D)    tratar os desiguais com desigualdade para que alcancem oportunidades iguais.
E)     tratar os desiguais com igualdade, pois todos são iguais perante a lei.


RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: O princípio da justiça é a equidade. Tratar os desiguais com desigualdade significa dar oportunidades diferentes para pessoas que são diferentes para que tenham a possibilidade de serem iguais em termos de oportunidade.

QUESTÃO 6

Habilidade: Analisar o problema ético no contexto sócio-político brasileiro.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Etica

Analise a política brasileira a partir do pensamento do defensor dos direitos humanos Herbert de Souza.





A relação entre a ética e política é um tema muito discutido atualmente. Os gregos pensavam que a compreensão e a internalização dos preceitos éticos estavam intrinsecamente ligadas à política. O homem grego possuía uma ética política e, como consequência, uma política ética. A frase de Betinho, personalidade política que combatia a fome, ilustra o problema dessa relação no Brasil.

Segundo a frase de Herbert de Souza, a ausência da ética na política tem como consequência

A)     o aumento do número de corrupção.
B)     a ausência da autoridade política.
C)    os desastres reais de ordem econômica e social.
D)    o desejo de preceitos éticos na política.
E)     os problemas internos na própria política.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: Segundo a frase de Herbert de Souza, quando falta ética na política, o povo passa fome, o que caracteriza um problema da ordem econômica e social.

QUESTÃO 7

Habilidade: Interpretar os pressupostos filosóficos da ética de Aristóteles.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Ética aristotélica

“Ora, a excelência moral se relaciona com as emoções e as ações, nas quais o excesso é uma forma de erro, tanto quanto a falta, enquanto o meio termo é louvado como um acerto; ser louvado e estar certo são características da excelência moral. A excelência moral, portanto, é algo como equidistância, pois, como já vimos, seu alvo é o meio-termo.”

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad: Mário Gama kury. 4 ed. Brasília UNB, 2001, p. 42.


De acordo com Aristóteles, a excelência moral é definida como

A)     a atitude de indiferença diante das paixões humanas.
B)     a capacidade do sujeito moral agir com justiça.
C)    o aumento do reconhecimento pelas ações realizadas.
D)    o desejo de cada ser humano fazer o que lhe agrada.
E)     o equilíbrio entre os opostos: a emoção e o desejo.


RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Para Aristóteles, a excelência moral diz respeito à equidade, ao equilíbrio entre o excesso e a ausência, que é a justiça.

QUESTÃO 8

Habilidade: Analisar um argumento usando a lógica como instrumento.
Nível de dificuldade: Difícil
Assunto: Lógica
Analise as informações.

“Na África Negra, 76% da mão-de-obra está voltada para a agricultura. O mesmo ocorre com 55% da mão-de-obra da América do Sul e 62% da América Central. Por conseguinte, os países subdesenvolvidos se caracterizam pela grande proporção da população empregada na agricultura.”

 Acesso em 12 fev. 2013.

A conclusão das informações está embasada por dados estatísticos.

Este é um argumento

A)     abstrato, pois as premissas estão baseadas em um conhecimento hipotético da realidade.
B)     analógico, haja vista que a conclusão se dá pela comparação entre os continentes.
C)    dedutivo, pois as premissas sustentam e justificam a conclusão.
D)    indutivo, pois as premissas são baseadas em experiências limitadas.
E)     intuitivo, pois está baseado em um conhecimento direto da realidade.


RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: O argumento acima é indutivo, pois o fato de estatisticamente alguns países subdesenvolvidos possuírem trabalhadores agrícolas, não garante que todos os países subdesenvolvidos possuam a maioria de seus trabalhadores na área rural. O argumento indutivo é o tipo de argumento em que as premissas não asseguram necessariamente a conclusão.

QUESTÃO 9

Habilidade: Compreender o conceito de felicidade, tomando como referência a filosofia de Epicuro.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Helenismo


[...] Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o sol quando voltar
Melhor viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem [...]

Disponível em: <http://letras.mus.br/marcelo-jeneci/1524699/>. Acesso em 12 fev. 2013.

Para Epicuro, a felicidade é consequência da determinação do desejo para aquilo que é simples. Se a felicidade é a satisfação do desejo, desejar o que é possível é caminho para o prazer. A felicidade independe do reconhecimento exterior, portanto ser feliz depende do prazer que advém da simples realização de ser-estar-no-mundo.

Comparando o trecho da música com o excerto entende-se que a felicidade para ambos é

A)     determinação do desejo para aquilo que pode ser satisfeito.
B)     determinação do pensamento para aquilo que é reflexivo.
C)    manifestação psicológica de bem-estar.
D)    orquestração do desejo em direção àquilo que é imediato.
E)     realização pessoal através do reconhecimento de terceiros.


RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Para Epicuro, a felicidade depende do sujeito. Se ele direcionar o seu desejo para aquilo que é simples, a realização do seu desejo também será simples e dessa forma a felicidade será mais fácil de ser realizada.


QUESTÃO 10

Habilidade: Identificar a influência das percepções na forma de conceber a vida.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Helenismo

 “A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações.”

Acesso em: 12 fev. 2013.

Do ponto de vista de Fernando Pessoa, a vida é definida como as

A)     concepções e sensações de cada um.
B)     expectativas e desejos das pessoas.
C)    escolhas feitas por todos.
D)    influências que recebemos.
E)     posses que adquirimos.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Segundo o texto, a vida depende da concepção que cada um possui dela, para quem é ambicioso suas posses são insuficientes, para aquele que está satisfeito com o que tem, mesmo tendo pouco, sua sensação é de realização.

QUESTÃO 11

Habilidade: Interpretar um poema de forma filosófica e crítica.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Helenismo

Leia o poema de Ricardo Reis.

Analise um trecho do poema Odes, de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa.



[...]
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós - próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixar a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

[...]

Disponível em: Acesso em 10 de março de 2013


As ideias presentes no poema defendem um modo de vida baseado

A)     na expectativa do futuro.
B)     na intensidade de como se vive.
C)    na resposta que está além dos deuses.
D)    no conhecimento profundo do que é a vida
E)     no simples viver e desfrutar a vida.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: O trecho do poema mostra que a vida não foi feita para ser compreendida, mas sim para ser vivida, ou seja, desfrutada.
QUESTÃO 12
Habilidade: Comparar a visão de mundo antiga e moderna sobre a brevidade da vida.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Helenismo

Leia os textos.

 “[...] entre os antigos romanos, a expectativa de vida era de 20 anos. Um terço deles sucumbia antes dos 6 anos e apenas 60% sobreviviam até os 16. Aos 26 anos, 75% haviam desaparecido e, aos 46, a morte já havia tolhido 90% dos romanos. À condição de ancião, alcançada aos 60, somente chegava a 3% da população.”



Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos uma grande parte dela. A vida se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para a realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.”

SÊNECA. Sobre a brevidade da vida. São Paulo: Nova Alexandria, 1993. (Fragmento).


Sêneca é um filósofo romano do século IV a. C. O primeiro texto apresenta como era a expectativa de vida na época em que ele viveu e o segundo, sua compreensão sobre a brevidade da vida.

Da relação entre os textos infere-se que Sêneca possuía

A)     um otimismo ingênuo diante da vida, devido a baixa expectativa de vida da época.
B)     um pessimismo em viver, pois as condições históricas dificultavam uma vida prolongada.
C)    uma preocupação com a quantidade do tempo de vida, como condição de realização na vida.
D)    uma compreensão de que a longevidade consiste em viver bem, de forma realizada.
E)     uma sensação de insegurança em relação aos riscos de perder a vida.


RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: O problema da vida não está exatamente em sua brevidade, mas na forma como vivemos. A vida pode ser curta, mas o homem deve saber vivê-la intensamente.

QUESTÃO 13

Habilidade: Analisar um texto filosófico contextualizando-o.à atualidade.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Helenismo

"Quando então dizemos que o fim último é o prazer, não nos referimos aos prazeres dos intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentidos, como acreditam certas pessoas que ignoram o nosso pensamento, ou não concordam com ele, ou o interpretam erroneamente, mas ao prazer que é ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma. Não são, pois, bebidas nem banquetes contínuos, nem a posse de mulheres e rapazes, nem o sabor dos peixes ou das outras iguarias de uma mesa farta que tornam doce uma vida, mas um exame cuidadoso que investigue as causas de toda escolha e de toda rejeição e que remova as opiniões falsas em virtude das quais uma imensa perturbação toma conta dos espíritos."

EPICURO. Carta Sobre a Felicidade. São Paulo: UNESP, 2002. (Fragmento).


A sociedade contemporânea se caracteriza pela busca do prazer imediato, pela felicidade instantânea. O homem contemporâneo coloca o excesso como princípio do prazer.

Comparando as ideias de Epicuro à concepção sobre o prazer da sociedade atual conclui-se que

A)     a definição de Epicuro é ultrapassada para o homem contemporâneo.
B)     a sociedade contemporânea possui a mesma concepção de prazer que Epicuro.
C)    o fim último da ação humana sempre foi o prazer, portanto a concepção é a mesma.
D)    o homem moderno busca extrair de forma equilibrada os prazeres da vida.
E)     o prazer para Epicuro se caracteriza como resultado de escolhas prudentes e sensatas.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: Diferentemente da compreensão de prazer para o homem contemporâneo, Epicuro identifica o prazer como ataraxia (ausência de dor no corpo e tranquilidade do espírito). O prazer não se confunde com excesso, mas se encontra no equilíbrio, resultante de um exame cuidadoso que investigue as causas de toda escolha e de toda rejeição e que remova as opiniões falsas em virtude das quais uma imensa perturbação toma conta dos espíritos.

QUESTÃO 14
Habilidade: Compreender as mudanças  na forma de viver a partir do desenvolvimento tecnológico.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Avanço da tecnologia

Disponível em:. Acesso em 08 de Fevereiro de 2013.

O conhecimento é uma preocupação constante dos filósofos ao longo da história da Filosofia. A contemporaneidade é marcada pela facilidade de armazenamento e do acesso à informação, graças ao avanço da tecnologia.

De acordo com a charge, a tecnologia

A)     é a única vilã no processo de produção do conhecimento.
B)     é eficiente na produção e armazenamento do conhecimento.
C)    substitui a capacidade do homem de produzir e armazenar ideias.
D)    armazena informações de forma mais eficiente que no passado.
E)     faz da tecnologia um meio para potencializar seu pensamento crítico.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: O homem contemporâneo exalta a tecnologia e não se vê capaz de armazenar, interpretar ou criar ideias. O homem alienou a sua capacidade de pensar às ferramentas criadas pela tecnologia.


QUESTÃO 15

Habilidade: Identificar fundamentos da filosofia helenística na letra de uma canção.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Helenismo

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó.

CARTOLA. A vida é um moinho. Disponível em: <http://letras.mus.br/cazuza/96668/>.
Acesso em: 08 fev. 2013.

A letra dessa música ilustra o contexto histórico em que os gregos viviam no período Helenístico. As cidades-estado gregas haviam perdido a autonomia política e começaram a fazer parte do poderoso império Romano. O cidadão da polis nada mais podia decidir, inseguro e perdido em meio a tantas mudanças.

A letra da música simboliza o pensamento da seguinte escola do período helenístico:

A)     Aristotelismo: no interior de toda mudança algo permanece imutável.
B)     Ceticismo: tudo é incerto, a única certeza que temos é a incerteza.
C)    Epicurismo: a felicidade está ligada ao prazer das coisas efêmeras.
D)    Estoicismo: determina o desejo para aceitar a vida como ela é.
E)     Neoplatonismo: o mundo sensível é ilusório e a verdade é inteligível.

RESPOSTA: B

COMENTÁRIO: O trecho dessa música se identifica com a concepção pirrônica. A música mostra a efemeridade da vida, as incertezas e acasos que podem modificar a direção que o homem traça para sua vida. O ceticismo pirrônico mostra que nenhuma verdade é absoluta, que nada é eterno, pois não possuímos condições de discernir a verdade da falsidade. Por isso a música e a teoria cética se identificam.