FILOSOFIA ANTIGA: HELENISMO
(EPICURISMO, ESTOICISMO, CETICISMO E CINISMO)
MÓDULO 4
#PARA COMEÇAR
#QUESTÕES FILOSÓFICAS
Como é essencialmente o ser
humano? Como são essencialmente as coisas? O que é o conhecimento verdadeiro?
Como deve ser o governo da cidade? Como devemos viver?
FILOSOFIA HELENÍSTICA
O helenismo (322-264 a. C.) tem
início com a ascensão de ALEXANDRE, O GRANDE, e o domínio da MACEDÔNIA sobre a
GRÉCIA. A partir disso, ocorre uma difusão da cultura helênica (que era como os
gregos se autodenominavam) pelo ORIENTE, não sem se ressentir de uma
transformação do pensamento helênico na sua fusão com a cultura ORIENTAL.
A BUSCA DA FELICIDADE INTERIOR
A grande preocupação do período
helenístico é sobre como alcançar a felicidade interior. Tal processo ocorre
após a interação entre a CULTURA GREGA CLÁSSICA e a CULTURA DOS POVOS ORIENTAIS
dominados por ALEXANDRE.
DO PÚBLICO AO PRIVADO
O período clássico foi marcado
pela preocupação com a dimensão pública do ser humano. Desde os SOFISTAS,
passando por SÓCRATES, PLATÃO e ARITÓTELES, o foco era compreender o ser humano
e sua função na PÓLIS (CIDADE-ESTADO GREGA). No período helenístico a reflexão
política perdeu força e a VIDA PRIVADA passou a ser o centro das atenções
filosóficas. As grandes escolas filosóficas deste período vão enfrentar o
problema da INTIMIDADE, da VIDA PESSOAL E INTERIOR do ser humano.
EPICURISMO: O PRAZER
EPICURO (341-271 a. C.) é o
fundador da escola filosófica denominada EPICURISMO. Segundo os epicuristas,
que se reuniam nos famosos jardins de EPICURO, o PRAZER é o princípio e o fim
de toda e qualquer vida feliz. Mas seu HEDONISMO (busca do prazer pelo prazer)
não se coaduna com o similar atual. Para EPICURO, alguns prazeres, como as
paixões do corpo, não trazem felicidade, mas perturbação para a alma. Os
prazeres dignos de gozo são os espirituais e intelectuais, que de forma
moderada guiam o ser humano à felicidade. Seu ideal era a ATARAXIA (ausência de
dor e perturbação na alma), que só poderia ser alcançado com uma vida dedicada
aos prazeres sublimes da alma.
ESTOCISMO: O DEVER
ZENÃO DE CÍCIO (336-263 a. C.) é
o fundador desta escola, que recebeu este nome por se reunirem em um pórtico de
nome ESTOÁ. Foi a doutrina filosófica de maior sucesso durante o período
helenístico. Para os ESTOICOS, a realidade que percebemos é uma REALIDADE
RACIONAL, ou seja, tudo que existe é dotado de razão, ou de uma racionalidade
intrínseca. Discorda dos EPICURISTAS quanto ao princípio que deve reger o
comportamento humano. Para os ESTOICOS o DEVER é fundamental, e não o prazer,
como queriam os epicuristas, pois devemos obedecer às leis eternas e imutáveis
que regem o cosmos (universo ordenado). A natureza é a fonte da moralidade.
Perseguiam o ESTADO DE PLENA SERENIDADE (APATIA, ou seja, ausência de paixões
perturbadoras da alma). Segunda a doutrina estoicista, devemos compreender que
tudo o que ocorre no universo possui uma razão de suceder, pois há uma ordem
cósmica a reger todas as coisas. Nossa postura deve ser de aceitação da
realidade tal como se apresenta, vivendo de acordo com a nossa natureza e as
leis universais do cosmos.
PIRRONISMO: A SUSPENÇÃO DO JUÍZO
O PIRRONISMO (ou CETICISMO
helênico) foi fundado por PIRRO DE ÉLIDA, que afirmava que TUDO É INCERTO, pois
não há nada seguro e certo no universo. Diante desta realidade, a única postura
honesta de um filósofo seria a da SUSPENSÃO DO JUÍZO (EPOCHÉ, em grego), ou
seja, abster-se de todo e qualquer juízo sobre toda e qualquer coisa. A busca
de uma verdade absoluta é uma tarefa inútil, impossível. O CETICISMO pirrônico
defende a impossibilidade de todo e qualquer conhecimento sobre a realidade, e
a inutilidade de toda e qualquer verdade.
CINISMO
O termo CINISMO vem do grego kynos, que significa cão. A palavra
cínico tem a mesma origem etimológica, significando aquele que vive como um
cão. Tal era o ideal de DIÓGENES DE SÍNOPE, fundador do CINISMO, que
perambulava como um cão errante pelas ruas das cidades gregas. Herdou algumas
características e ideais das escolas socráticas, como o ideal de CONHECER A SI
MESMO e o DESPREZO DE TODOS OS BENS MATERIAIS. Foi apelidado de SÓCRATES
demente e louco. Andava pelas cidades em plena luz do dia com uma lanterna
dizendo estar procurando homens virtuosos. Dizia-se COSMOPOLITA (cidadão do
mundo), portanto, sem residência fixa. Sua única morada era um barril, onde
descansava de suas perambulações perturbadoras. Há algumas histórias (ou
estórias lendárias e anedóticas) sobre sua vida, como aquela em que ALEXANDRE,
O GRANDE, o procurou e disse-lhe que poderia pedir-lhe o que desejasse. No que
foi respondido por DIÓGENES: Saias então da frente de meu sol matutino.
Dizia-se também que vivia a pedir esmolas para as estátuas gregas. E sempre
quando questionado sobre o porquê de tal comportamento estranho e inútil, ele
respondia: Estou treinando com as estátuas, que são surdas e cegas, para não me
surpreender com os homens quando a eles pedir algo e for ignorado. Dizia-se
também que volta e meia andava como veio ao mundo, “pelado, pelado, nu, com a
mão no bolso”, como dizia e música, e não pestanejava em se masturbar em praça
pública diante de grandes platéias. O maior e mais sublime de todos os prazeres
é a liberdade daquele que nada tem e a nada se apega.
#ANÁLISE E ENTENDIMENTO
Quais são as diferenças e
semelhanças entre o epicurismo e o estoicismo? Por que o pirronismo é
considerado uma forma de ceticismo? De que maneira seu ceticismo definia o modo
de vida que propunha? Qual é a origem da palavra cinismo, e qual é a sua
relação com a corrente filosófica que denomina? Qual das escolas filosóficas
helenísticas você mais se identificou? Por quê?
#CONECTADO
Aula 08 - O mundo Grego:
Grécia Antiga, Clássica e Helenística (História - Ensino médio)
As Cidades Gregas do Helenismo
Silencio dos Inocentes - Eterno epicurismo
FILOSOFÍA - ESTOICISMO
Estoicos. Filosofía I - Filosofía - Educatina
Estoicismo: Períodos. - Filosofía - Educatina
Escépticos y Dogmáticos - Filosofía - Educatina
O Ceticismo Empírico dos Gregos
A APROVAÇÃO PELO CINISMO (Clóvis de Barros
Filho)
cinismo
#EXERCÍCIOS
QUESTÃO 1 (Habilidade: Inferir o que foi apropriado de modo
reflexivo.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Helenismo.
O Helenismo altera o formato da pólis e da
política, ordem sócio-cultural grega, mudança conseqüente do clima de
instabilidade e insegurança, que inviabilizou a participação do cidadão nas
questões da cidade.
AMORIM,
Maria de Fátima. Filosofia. Ensino
Médio. v. 1. Belo Horizonte: Educacional, 2013.
Nesse
contexto, o grande tema do conhecimento não é mais a política, a filosofia
voltou-se para
(A) a
ampliação e conquista de novos territórios.
(B) a busca do bem e da beleza.
(C) a compreensão das questões míticas.
(D) a
modernização das convenções.
(E) o interior do homem e as questões éticas.
GABARITO: E
Comentário: No helenismo, mudou-se o foco
para a vida interior do homem e as questões éticas. Uma ética voltada para a
busca da felicidade, através da harmonização do homem.
QUESTÃO
2 (Articular
conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos nas artes e outras produções
culturais.)
Nível
de dificuldade: Fácil.
Assunto: Ceticismo.
CARAVAGGIO. A incredulidade de São Tomé. 1599.
Caravaggio pintou o
discípulo Tomé, olhando aterrorizado para os sinais da morte de Jesus, enquanto
este ajuda o apóstolo a encostar o dedo em sua ferida aberta. A pintura,
considerada uma das obras mais comoventes do pintor italiano, ilustra uma
importante corrente do Helenismo, conhecida como
(A) Ceticismo.
(B) Cinismo.
(C) Epicurismo.
(D) Estoicismo.
(D) Hedonismo.
GABARITO: A
Comentário: A pintura ilustra o
ceticismo, corrente filosófica que duvida de tudo, acreditando que não existe
uma verdade absoluta.
QUESTÃO 3 (Habilidade: Elaborar por escrito o que foi
apropriado de modo reflexivo.)
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Helenismo.
A Grécia
viveu um grande esplendor cultural no século V a.C. Contraditoriamente esse
século foi marcado por inúmeras guerras, que viram nascer e ruir o imperialismo
grego. A Macedônia é uma região isolada do mar, situada no Nordeste da Grécia
continental cujos habitantes, descendentes dos povos indo-europeus e falantes
da língua derivada do grego eram chamados por eles de bárbaros. Enquanto as
cidades gregas entravam em decadência, os macedônios até então isolados,
fortaleciam-se e iniciavam as conquistas aos territórios gregos vizinhos.
AMORIM, Maria de Fátima. Filosofia. Ensino Médio. v. 1. Belo Horizonte:
Educacional, 2013.
O texto acima faz referência ao
início do período denominado helenístico. Durante este período ocorreu a
A) Interação
entre a cultura grega e a cultura dos povos orientais conquistados por
ALEXANDRE.
B) Interação
entre a cultura romana e a cultura dos povos orientais conquistados por
ALEXANDRE.
C) Interação
entre a cultura judaica e a cultura dos povos orientais conquistados por JÚLIO CÉSAR.
D) Interação
entre a cultura americana e a cultura dos povos orientais conquistados por
NERO.
E) Interação
entre a cultura grega e a cultura dos povos orientais conquistados por NERO.
RESPOSTA: A
QUESTÃO
4 (Habilidade: Articular
conhecimentos filosóficos e diferentes formas de linguagem.)
Nível
de dificuldade: Fácil.
Assunto: Ceticismo.
A
tirinha se refere à corrente filosófica chamada ceticismo, formulada por Pirro
de Elida (360 – 270 a.C.). A concepção de conhecimento defendida por essa
corrente filosófica
A) Era de que é possível alcançar a
certeza absoluta.
B) Era de que tudo é incerto.
C) Era de que devemos julgar tudo de
acordo com as nossas verdades.
D) Era de que o conhecimento é possível.
E) Era de que há verdade absoluta.
RESPOSTA:
B
QUESTÃO 5 (Articular conhecimentos filosóficos e diferentes
conteúdos nas artes e outras produções culturais.)
Nível
de dificuldade: Médio.
Assunto: Cinismo.
GÉRÔME,
Jean-Léon. Diógenes sentado em seu barril.1860.
Diógenes foi o mais importante filósofo do
Helenismo. Conta-se que ele morava num grande barril e perambulava pelas ruas
carregando uma lamparina, durante o dia, alegando estar procurando por um homem
honesto. Inspirado pelas ideias socráticas, acreditava que a virtude devia ser
buscada na ação e não na teoria, tentando, com suas ideias e ações, denunciar e
desbancar as instituições e valores sociais do que ele considerava como uma
sociedade corrupta.
AMORIM,
Maria de Fátima. Filosofia. Ensino Médio. v. 1. Belo Horizonte:
Educacional, 2013.
As principais ideias defendidas por essa forma de pensar eram
A) O conhecimento da política e da vida pública.
B)
A exterioridade e a vida pública dos
indivíduos.
C)
Conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens
materiais.
D)
Buscar o prazer e a ataraxia (ausência de
dor).
E) Viver conforme a leis da natureza e o dever cósmico.
RESPOSTA: C
QUESTÃO
1
Habilidade: Identificar no texto filosófico as condições do surgimento da
Filosofia.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: As origens da Filosofia
ocidental
“[...] No entanto, a Filosofia surge como Cosmologia (lógos =
razão, palavra, discurso, contar, calcular), ou seja, a compreensão de que o
mundo é, sim, organizado, mas os fundamentos de suas explicações não são
meramente seres antropomórficos, mas conceitos de nossa própria racionalidade.
A Filosofia surge para substituir o modelo mitológico-cosmogônico, pelo
cosmológico-racional. Isso não quer dizer que o processo anterior seja
irracional, mas apenas se constitui como uma lógica imanente, no sentido de se
atrelar ao psicológico ou a conteúdos que dêem forma aos argumentos, enquantoa
Filosofia, ao se fazer e se constituir, vai propor o modelo inverso, qual seja,
em que a forma lógica constitui melhor os conteúdos do pensamento, ascendendo
ao verdadeiro conhecimento.[...]”
A Filosofia nasce como busca pelo saber aos
moldes da razão, esta passa a ser o “norte” do Ocidente baseada no “lógos” que
dá sentido à realidade.
Partindo das informações do texto, conclui-se
que a Filosofia
A)
aparece,
junto com o logos, na busca ordenada da verdade, em movimento ascendente ao
verdadeiro conhecimento.
B)
nasce
como um processo natural,substituindo o modelo cosmológico-racional pelo
mitológico-cosmogônico.
C)
nasce
do encanto e admiração dos seres humanospelo desconhecido e pelo mistério,
agora desvendado pela razão.
D)
surgeda
pretensão de explicar e dar significado àrealidade, através de seu discurso
lógico-argumentativo.
E)
surge
da tradição mitológica que se baseia numa lógica imanente, atrelada ao
psicológico dos indivíduos.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: A palavra “lógos” é traduzida como razão,
discurso, linguagem; tal como apresentada no final do texto, o que permite à
Filosofia existir como busca do verdadeiro conhecimento através do uso da
razão.
QUESTÃO
2
Habilidade:Relacionar textos que abordam o mesmo tema em contextos diferentes.
Nível de dificuldade: Média
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
“Segundo Tales, a
origem de todas as coisas estava no elemento água: quando densa,
transformaria-se em terra; quando aquecida, viraria vapor que, ao se resfriar,
retornaria ao estado líquido, garantindo assim a continuidade do ciclo. Nesse
eterno movimento, aos poucos, novas formas de vida e evolução iriam se
desenvolvendo, originando todas as coisas existentes.”
“A água é fundamental para o planeta. Nela
surgiram as primeiras formas de vida, e a partir dessas, originaram-se as
formas terrestres, as quais somente conseguiram sobreviver na medida em que
puderam desenvolver mecanismos fisiológicos que lhes permitiram retirar água do
meio e retê-la em seus próprios organismos. A evolução dos seres vivos sempre
foi dependente da água”
Disponível em:<
http://www.senacrs.com.br/FECOMERCIO/ANF/NOTICIAS/fotos/2008319/15045.pdf >
Acesso em: 01 out. de 2012.
Tales de Mileto é
considerado pela história da Filosofia, o primeiro pensador a buscar o
princípio (arqué) de todas as coisas. Os dois textos e seus argumentos
defendemem comum, que
A)
a terra, onde nasce a água, é o elemento primordial que
origina todas as coisas.
B)
o elemento que originou todas as coisas, foi uma descoberta
de Tales de Mileto.
C)
a água,como origem da evolução da vida, não depende de outros
elementos da natureza.
D)
a água, é o elemento comum e originário da existência da vida
no cosmo.
E)
a água, transformada em vapor é que garante a continuidade do
ciclo da vida.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO:Os dois textos descrevem em comum, a
consideração da água como o elemento que deu origem à natureza e todas as
formas de vida aí existentes.
QUESTÃO 3
Habilidade:Relacionar o pensamento filosófico a diferentes formas de linguagem.
Nível de dificuldade: Médio.
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
Leia o poema a
seguir:
GOGO, Vão. Tempo
e Contratempo, Edições O Cruzeiro. Rio de
Janeiro, 1954.
Diferentemente
do que ensinavam os contemporâneos de sua época, Pitágoras defendia que o
princípio essencial de que são constituídas todas as coisas é o número, ou
seja, as relações matemáticas são um instrumento de compreensão do real.
A partir das ideias do poema, constata-se que
o poeta
A)
descreve
o amor buscando a mesma exatidão das representações matemáticas.
B)
descreve
o mundo matematicamente, da mesma forma que Pitágoras.
C)
é
pitagórico, pois suas representações se originam da linguagem matemática.
D)
é
apaixonadopela matemática, como Pitágoras,sendo ambos, considerados
pitagóricos.
E)
relaciona
a matemática com o amor, como Pitágoras fazia em relação ao tempo.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: A poesia
utiliza como instrumento a Matemática para exaltar o amor, inspirada em
Pitágoras e na sua concepção de que as relações
matemáticas são um instrumento de compreensão do real.
QUESTÃO
4
Habilidade:Compreender a concepção heróica grega.
Nível de dificuldade: Fácil
Assunto: Período homérico
“As ações heróicas relatadas nas epopeias
mostram a constante intervenção dos deuses, ora para auxiliar o protegido, ora
para perseguir o inimigo. O indivíduo é presa do destino, que é fixo,
imutável.”
Assim diz o troiano Heitor:
“Nenhum
homem me fará descer à casa de Hades contrariando o meu destino. Nenhum homem,
afirmo, jamais escapou de seu destino, seja covarde ou bravo, depois de haver
nascido.”
HOMERO. Ilíada (em forma de
prosa). 9. ed. Rio de Janeiro: 1999.p.31 e 72.
A partir das ideias do texto, Homero entende
o herói como
A)
dependente
dos deuses e do destino, devido a suas convicções religiosas.
B)
dependente
dos deuses e do destino, faltando a ele uma noção clara de liberdade.
C)
protegido
dos deuses, por não possuir a compreensão da vida e suas intempéries.
D)
subjugado
pelos deuses, que brincavam com sua liberdade e seu destino
E)
ameaça
para os deuses,sendo frequentemente castigados por eles.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: O herói,
apesar de enfrentar a morte fazendo escolhas, acreditava em deuses e no
destino, não tendo perspectiva clara de liberdade.
QUESTÃO
5
Habilidade:Identificar no poema o conceito de átomo.
Nível de
dificuldade: Médio
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
Leia
atentamente o poema
Átomo, poesia, memória: um
Lucrécio perdido no livro de Química
«… átomo
algum interrompe jamais o seu movimento no vácuo,
antes se
move sem cessar, empurrando e sendo empurrado
Em várias direções, e as suas colisões provocam,
Consoante o caso, maior ou menor ressalto.
Quando combinamos da forma mais densa,
A intervalos muito próximos, com o espaço entre si
Mais obstruído pelo entrelaçado da figura,
Dão-nos a rocha, o diamante, o ferro,
Coisas dessa natureza. (Não existem muitas espécies de átomos
Que errem, pequenos e solitários, através do vácuo.)
Apesar de
se encontrarem em constante movimento,
O seu todo aparenta absoluta quietude,
Salvo, aqui e ali, alguma oscilação particular.
A sua natureza está além do alcance dos nossos sentidos,
Muito, muito além. Já que não somos capazes de ver
As coisas como são na realidade, elas são obrigadas a esconder-nos os seus
movimentos,
Especialmente porque, mesmo as que conseguimos ver, muitas vezes
Nos ocultam também os seus movimentos, quando à distância.
Tomemos por exemplo um rebanho a pastar
Numa encosta; sabemos que esses animais de caracóis de lã
Se movimentam para onde quer que os atraia a bela erva,
Em qualquer lugar onde esta se encontre, ainda cravejada de jóias de orvalho
cintilantes, e que os cordeiros,
Já saciados, saltam e brincam, brilhando ao sol.
Tudo isto, porém, visto á distância, é apenas uma mancha azulada
Esbranquiçada, repousando numa colina verde.
…»
LUCRÉCIO. De Rerum Natura. Sobre a Natureza das Coisas.
Disponível:
http://viveraciencia.wordpress.com/2009/06/09/atomo-poesia-memoria-um-lucrecio-perdido-no-livro-de-quimica/
Os atomistas postularam a existência
de uma infinidade de partículas separadas, espalhadas por um espaço infinito,
por volta do século V a.C., e somente a partir do século XVI com os
instrumentos científicos, esse postulado foi comprovado.
Ao ler o poema, identifica-se que os
A)
atomistas foram reconhecidos como cientistas além de seu tempo.
B) átomos que existem na natureza são infinitos.
C) átomos são divisíveis por serem
dotados de cargas opostas entre si.
D) átomos formam um
limite indivisível da matéria.
E) átomos revelam como as coisas são
essencialmente.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: O poema mostra que o
conceito de átomo diz respeito à unidade indivisível da matéria que dá origem a
toda realidade.
QUESTÃO
6
Habilidade:Explicar a origem da razão a partir do mito de Prometeu.
Nível de
dificuldade: Fácil
Assunto: Período homérico
Leia o texto a seguir.
Prometeu era um dos titãs, uma raça
gigantesca, que habitou a terra antes do homem. Ele e seu irmão Epimeteu foram
incumbidos de fazer o homem, e assegurar-lhe, e aos outros animais, todas as
faculdades necessárias à sua preservação. Epimeteu encarregou-se da obra e
Prometeu de examiná-la, depois de pronta. Assim, Epimeteu tratou de atribuir a
cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade(...).
Quando, porém, chegou a vez do homem, nenhum dom restava. Recorreu a seu irmão
Prometeu, que, subiu ao céu e acendeu sua tocha no carro do sol, trazendo o
fogo, privilégio dos deuses, para o homem, assegurando, assim, sua
superioridade sobre os outros animais. O fogo lhe forneceu o meio de construir
as armas com que subjugou os animais e as ferramentas com que cultivou a terra;
aquecer sua morada, de maneira a tornar-se relativamente independente do clima,
e, finalmente, criar a arte da cunhagem das moedas, que ampliou e facilitou o
comércio.Como castigo, por ter roubado o fogo dos deuses, Zeus acorrentou Prometeu a um penhasco, onde um
pássaro devorava diariamente seu fígado, que, a seguir, se reconstituía.
Acesso: 29 nov. 2012. Adaptado.
A história de Prometeu propõe-se a
explicar
A)
aorigem
da razão representada pelo fogo dos deuses.
B)
a
origem das capacidade dos animais como seres naturais.
C)
arelação
de poder entre deuses, Titãs e o homem.
D)
a
relação fraterna entre os Titãs Epimeteu e Prometeu.
E)
o
poder dos deuses centrado na posse do fogo.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Segundo a narrativa,
Prometeu teria roubado o fogo dos deuses e o entregou aos mortais. A partir
desse momento, o ser humano tomou consciência de si e do mundo, tornando-se
superior a todos os outros seres, através do uso da razão.
QUESTÃO 7
Habilidade:Compreender o conceito de
mito.
Nível de
dificuldade: Fácil
Assunto: Mito
“A mitologia é considerada a forma mais
antiga de explicação da realidade. O mito pretendia narrar como as coisas eram
ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso; tratava a respeito
do surgimento dos deuses, do mundo e da vida. Está presente em todas as
culturas humanas. O sistema mítico de explicação projeta paixões, as motivações
e as experiências dos próprios seres humanos para o mundo celeste. Os povos
mais antigos, em geral, orientavam suas vidas com base nos mitos.”
De acordo com o texto, o mito é compreendido
como uma
A)
concepção
filosófica sobre a origem dos deuses para interpretar a vida.
B)
narrativa
explicativa sobre a origem dos deuses, do mundoe da vida.
C)
narrativa
racional sobre as origens dos deuses, do mundo e da vida.
D)
teoria
religiosa para explicar a origem dos seres vivos e do universo.
E)
teoria
argumentativa sobre a origem da natureza, presente nas culturas antigas.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: O mito era
uma narrativa, transmitida pela tradição, visando explicar o mundo,
independente de uma comparação científica. Não usa argumento, nem razão, sendo
intuitiva; seu critério de verdade é a
fé.
QUESTÃO
8
Habilidade:Interpretar
um tema da Filosofia pré-socrática.
Nível de
dificuldade: Médio
Assunto: Filósofos pré-socráticos
“Os
primeiros pensadores, conhecidos como pré-socráticos, iniciaram uma busca
lógica e racional centrando a atenção na natureza, a qual chamavam de physis, e
elaboraram diversas concepções cosmológicas que procuravam a racionalidade
constitutiva do universo.
A partir dos pensadores pré-socráticos, as
respostas às indagações existenciais do homem passam a ter como referência
A)
o
mundo interior, ou seja, a observação do ser e seus processos psíquicos.
B)
omundo
exterior, ou seja, a observação do mundo natural e seus processos.
C)
o
mito e suas explicações fantasiosas em busca do sentido da vida.
D)
a
lógica e seus argumentos compondo uma explicação sobre a origem da vida.
E)
o
mundo natural visto a partir de uma concepção e origem divina.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO:A partir dos pré-socráticos, a razão entra em
cena nas explicações sobre a natureza e seus processos, provocando rupturas com
as verdades estabelecidas pelas explicações míticas, abrindo as portas para o
surgimento da Filosofia.
QUESTÃO
9
Habilidade:Relacionar o conceito de catarse à tragédia grega.
Nível de
dificuldade: Médio
Assunto: O teatro grego e a catarse
[...] O nascimento da tragédia
estáligado a práticas religiosas e a rituais realizados em honra de Dionísio,
deus do vinho, da embriaguez, da música e da dança. Os artistas honravam esta
divindade através da apresentação dos ditirambos – canto de natureza coral,
intenso e apaixonado, composto de uma esfera narrativa,interpretada por
personagens caracterizados como faunos e sátiros, conhecidos como seguidores de
Dionísio.Como pacificação e exaustão de forças embriagadoras e insanas que são
invocadas pela tragédia, temos a catarse, vista como pacificação e exaustão de
forças embriagadoras e insanas, causadora de uma sensação única na alma,
atribuída a Dionísio.
Essa associação da catarse a uma
sensação única na alma, atribuída ao deus Dionísio, deve-se
A) ao estado de embriaguês e loucura
que ela proporciona.
B)à ausência de consciência da
realidade, devido à embriaguês.
C)ao alívio provocado na alma, através
do expurgo das emoções.
D)à sensação de insanidade, que afasta
o indivíduo da realidade.
E) à libertação das fraquezas e dos
medos, devido à sua proteção.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO: A “catarse” é definida como purgação dos sentimentos de
terror e compaixão, ou seja, das emoções dos espectadores, diante das paixões
humanas representadas no palco. Ao se identificar na cena, o indivíduo se
projetava nos personagens, experimentando emoções que o levavam à liberação dos
seus próprios sentimentos e tristezas, diante do trágico fim destinado ao herói
ao final do espetáculo.
QUESTÃO
10
Habilidade:Compreender a filosofia de Parmênides.
Nível de
dificuldade: Médio
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
Ao “tudo flui”, contrapôs-se a imobilidade do
ser. Para ele, é absurdo e impensável considerar que uma coisa pode ser e não
ser ao mesmo tempo. À contradição opõe o princípio segundo o qual “o ser é” e o
“não ser não é”,concluindo que o ser é único, imutável, infinito e imóvel. O
movimento existe apenas no mundo sensível, e a percepção levada a efeito pelos
sentidos é ilusória.
Disponível em: <filosofiadoveritas.wordpress.com/2011/.../parmenides-o-ser-e-imovel>.
Acesso em: 12 out. 2012.
Essa descrição se refere ao pensamento de
A) Heráclito
B)Demócrito C) Parmênides
D)Pitágoras E) Diógenes
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO:O texto
relata o pensamento de Parmênides que, ao contrário de Heráclito, acreditava
que “tudo permanece”, considerando contraditório buscar a essência naquilo que
não é essencial, que não permanece (mudança, o movimento). O ser é imutável e imóvel, e é o único que existe.”
QUESTÃO
11
Habilidade:Identificar a relação entre os deuses Apolo e Dionísio no contexto
da tragédia.
Nível de
dificuldade: Médio
Assunto: Mito e tragédia
São deuses gregos que
representam pulsões da natureza que se completam. Um, é o deus imberbe do sol,
o deus da figuração, da ordem, da racionalidade.O outro, é o deus da
embriaguez, da música, dos rituais órficos, do êxtase. Essas forças se
completam na arte trágica dos gregos - a tragédia ática, bem como nos mitos e nas poesias da época arcaica.
Ambas, essas forças da natureza são também fundantes da psiquê humana, que
expressamos na arte: numa arte mais figurativa, clássica; ou numa música, na
dança, no sensualismo [...]
Os deuses,
representantes das pulsões da natureza, a que o texto se refere são
A) Apolo e Dionísio.
B) Eros e Dionísio
C) Eros e Afrodite
D) Zeus e Dionísio
E) Zeus e Apolo
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO:Apolo e Dionísio são os deuses gregos que representam as pulsões
complementares da natureza expressas no texto.
QUESTÃO
12
Habilidade:Identificar a dimensão política existente na origem da Filosofia.
Nível de
dificuldade: Médio
Assunto: As origens da Filosofia
“A razão grega não se
formou tanto no comércio humano com as coisas, quanto nas relações dos homens
entre si. Desenvolveu-se menos através das técnicas que operam no mundo que por
aquelas que dão meios para domínio de outrem e cujo instrumento comum é a linguagem:
a arte do político, do reitor, do professor. A razão grega é a que de maneira
positiva, refletida, metódica, permite agir sobre os homens, não transformar a
natureza. Dentro de seus limites como em suas inovações, é filha da cidade.”
Vernant. As origens do
pensamento grego. p. 95
No texto de Vernant,
identificamos que a racionalidade grega é filha da cidade, assim, conclui-seque sua origem é a
A)Aletheia. B) Areté.C) Physis.D) Pólis.E) Sóphia.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO: Para os gregos o homem só
exerce plenamente sua humanidade quando faz uso de sua razão. O lógos, ou razão
só pode ser desenvolvido na polis (cidade). É no diálogo, no discurso, que o
homem desenvolve plenamente aquilo que ele é, um animal racional.
QUESTÃO
13
Habilidade: Compreender os fundamentos da teoria de Heráclito.
Nível de
dificuldade: Médio
Assunto: Os filósofos pré-socráticos
Analise o trecho a seguir.
“Este mundo, que é o mesmo para todos, nenhum
dos deuses ou dos homens o fez; mas foi sempre, é e será um fogo eternamente
vivo, que se acende com medida e se apaga com medida.”
Heráclito.
Pré-socráticos, p. XXVIII
Para Heráclito, o ser é o múltiplo, não
apenas no sentido de que há uma multiplicidade de coisas, mas por estar
constituído de oposições internas. O que mantém o fluxo da mudança não é
simplesmente o aparecer de novos seres, mas a força dos contrários, pois é da
luta dos opostos que nasce a harmonia e a razão-discurso é a criadora e
unificadora das tensões opostas.
Heráclito utiliza o fogo como metáfora para
exemplificar o dinamismo do devir, demonstrando que
A)
o
equilíbrio do universo se dá pelo seu movimento.
B)
anatureza
encontra seu equilíbrio no repouso.
C)
avida
é surpreendente e caótica.
D)
omovimento
do universo foi determinado por Deus.
E)
ouniverso
é imutável, sendo o movimento ilusório.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO: Para
Heráclito o Lógos é a medida que determina o acender e o apagar do fogo. Lógos
– pensamento, a razão criadora e unificadora das tensões opostas, a
razão-discurso.
QUESTÃO
14
Habilidade:Relacionar
princípios filosóficos com situações da atualidade.
Nível de
dificuldade: Médio
Assunto: Platão e aAlegoria da
Caverna
Em um diálogo intitulado “A República”,
Platão cria uma imagem conceitual, a Alegoria da Caverna, na qual faz uma
leitura entre o mundo das aparências, percebido pelos sentidos, e o mundo das
essências eternas e imutáveis, captado somente pela razão. Segundo Platão, o
filósofo seria responsável para conduzir aqueles que admiram apenas imagens
(sombras), a contemplar a verdadeira essência das coisas, através do exercício
racional. A alma, que estaria presa a uma caverna (corpo), poderia se libertar
e contemplar a “verdadeira realidade”.
Sobre isso, a charge de Mauricio de Sousa
mostra os homens da atualidade
A) libertos
das imagens que os alienava da vida.
B) presos às imagens do fantástico show da
vida.
C) escravos das imagens, como o
homem da caverna.
D) pensadores,
inspirados no homem da caverna.
E)
libertos das sombras, graças às informações do Fantástico.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO: Nota-se,
na charge, a crítica de MaurIcio de Souza às pessoas que ficam escravas das
imagens, da aparência, fazendo menção a um programa de TV. Apesar de o modelo
ter outra roupagem, ele reafirma a escravidão do homem, como na época em que
foi escrita a Alegoria da Caverna, de Platão.
QUESTÃO 15
Habilidade:Interpretar
uma imagem a partir de um pressuposto filosófico.
Nível de
dificuldade: Médio
Assunto: As origens da Filosofia
Disponível
em: . Acesso em: 01 out.
2012
De acordo com os gregos, a marca distintiva
do ser humano é o pensamento. A charge faz uma crítica ao comodismo do homem
frente às facilidades que a tecnologia oferece.
De acordo com a imagem, o homem
A)
mantém
seu espírito investigativo inspirado pelo entretenimento.
B)
torna-se
mais reflexivo com as dicas dadas pela televisão.
C)
torna-semais
dinâmico, ligado a tudo que é midiático.
D)
pensa
com mais agilidade, de posse do controle remoto.
E)
perde
a capacidade de reflexão, pela ausência de tempo livre.
RESPOSTA: E
COMENTÁRIO: Devido a
grande atenção dada ao entretenimento, o ser humano passa mais tempo em frente
de uma TV do que voltado à reflexão filosófica ou às questões pessoais e
familiares.
QUESTÃO 1
Habilidade: Relacionar uma imagem a um
conceito filosófico.
Nível de dificuldade: Difícil
Assunto: Aristóteles
Disponível em: LAERTE. Classificados.
São Paulo: Devir, 2001. p. 25. Acesso em: 11 fev. de 2013.
Aristóteles
define o homem como animal político. Para ele, assim como os animais possuem
uma identidade ligada ao seu instinto, o homem possui essencialmente uma
natureza social, relacional.
A
definição de Aristóteles se diferencia da ideia expressa na charge, ao afirmar
que
A)
o
animal é o político corrupto e individualista.
B)
o
político é um animal que possui uma natureza social.
C)
o
homem vive de forma organizada como os animais.
D)
os
direitos devem ser acessíveis a todos os homens.
E)
o
homem é ser anti-social, que deve ser isolado dos outros homens.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO:
A concepção de ser humano de Aristóteles se opõe a ideia da charge.
Enquanto Aristóteles afirma que a natureza humana é política, no sentido de
possuir essencialmente a habilidade de convívio, da linguagem, da relação
interpessoal; a charge mostra o político corrupto como um animal perigoso e
irracional, e que deve, por isso, ser isolado dos outros seres.
QUESTÃO 2
Habilidade: Relacionar
um pensamento filosófico ao conteúdo de um quadrinho.
Nível de dificuldade: Fácil
Assunto: Etica
aristotélica
Relacione
o conteúdo dos quadrinhos com a concepção aristotélica sobre a felicidade.
Disponível em: .
Acesso em: 11 fev. 2013.
Para
Aristóteles a felicidade é resultado de uma vida pautada no meio-termo. Para
ele a felicidade está fundamentada na capacidade que o sujeito tem de agir de
uma maneira que não seja excessiva ou faltosa. Essa capacidade, Aristóteles
define como excelência moral.
Os
quadrinhos apresentam uma concepção de felicidade que
A)
concorda
com a ideia de Aristóteles de que a felicidade está baseada na falta ou no
excesso.
B)
contrapõe-se
a ideia de Aristóteles ao vincular a felicidade a um estilo de vida baseada no
excesso.
C)
corresponde
à ideia de Aristóteles, pois mostra que a felicidade é fruto do esforço
individual.
D)
discorda
da concepção aristotélica por apresentar a felicidade como consequência da
violência.
E)
simula
uma hipótese, eticamente aceitável, de felicidade baseada na infelicidade
alheia.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO:
Calvin afirma que o segredo da felicidade está ligado à
possibilidade de utilizar o dinheiro para realizar excessivamente várias coisas
na vida. Para ele o excesso é a causa da felicidade. Aristóteles afirma que a
vida feliz está no equilíbrio entre o excesso e a falta.
QUESTÃO 3
Habilidade: Inferir
princípios éticos, tomando como referência situações cotidianas.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Etica
Disponível em:
.
Acesso em: 08 abr. 2013.
A
ética diz respeito à forma com que cada pessoa se posiciona diante do mundo.
Cada escolha implica em uma responsabilidade ética. Geralmente as pessoas
esperam passivamente que o mundo melhore no futuro. A resposta de Mafalda
a seu amigo aponta um ponto de vista diferente.
Para
Mafalda, um futuro melhor depende
A)
da
concepção de cada um sobre o que é “o melhor”.
B)
da
consciência das pessoas como parte do coletivo.
C)
do
aperfeiçoamento ético e moral das pessoas.
D)
da
conduta individual das pessoas diante do universo.
E)
do
desejo das pessoas de que as coisas melhorem.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO:
Os quadrinhos mostram que um ano novo melhor não depende apenas da
expectativa das pessoas diante do futuro. Um ano melhor depende de pessoas
melhores, ou seja, de pessoas “mais aperfeiçoadas” do ponto de vista ético.
QUESTÃO 4
Habilidade: Avaliar a
política brasileira a partir do ponto de vista da filosofia de Aristóteles.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Ética
aristotélica
Para
Aristóteles o meio-termo é o equilíbrio entre a falta e o excesso. A coragem,
por exemplo, é o meio termo entre o medo (falta) e a temeridade (excesso). No
contexto da charge a simples divisão matemática entre culpados e inocentes é
compreendida como encontrar um meio-termo.
Do
ponto de vista de Aristóteles, encontrar o meio-termo seria
A)
escolher
uma pessoa para absorver a culpa dos demais.
B)
isentar-se
de emitir um julgamento ou opinião.
C)
responsabilizar
os investigados pela corrupção investigada.
D)
julgar
culpados e inocentes de acordo com a justiça.
E)
satisfazer tanto a “situação” quanto a “oposição” do
governo.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO:
A expressão meio-termo identificada na charge tem um significado de
divisão matemática entre os investigados pela CPI. Meio-termo, para Aristóteles, é uma expressão
que significa equilíbrio ou justiça. Não se trata de uma divisão matemática
entre a falta e o excesso, mas de um comportamento ético em que o bom senso e a
justiça são a medida.
QUESTÃO 5
Habilidade:
Diferenciar as concepções de igualdade e justiça.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Etica
Disponível em:
.
Acesso em 11 de Fev. de 2013
Do
ponto de vista da política, igualdade e justiça nem sempre são correspondentes.
A
imagem mostra que diferentemente da igualdade que coloca todos no mesmo nível,
a justiça consiste em
A)
colocar
os que são do mesmo “tamanho” no mesmo nível.
B)
conceder
os mesmos direitos independente da especificidade de cada um.
C)
deixar
que cada indivíduo alcance até o nível
que consegue alcançar.
D)
tratar
os desiguais com desigualdade para que alcancem oportunidades iguais.
E)
tratar
os desiguais com igualdade, pois todos são iguais perante a lei.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO:
O princípio da justiça é a equidade. Tratar os desiguais com
desigualdade significa dar oportunidades diferentes para pessoas que são
diferentes para que tenham a possibilidade de serem iguais em termos de
oportunidade.
QUESTÃO 6
Habilidade: Analisar o
problema ético no contexto sócio-político brasileiro.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Etica
Analise
a política brasileira a partir do
pensamento do defensor dos direitos humanos Herbert de Souza.
A
relação entre a ética e política é um tema muito discutido atualmente. Os
gregos pensavam que a compreensão e a internalização dos preceitos éticos
estavam intrinsecamente ligadas à política. O homem grego possuía uma ética
política e, como consequência, uma política ética. A frase de Betinho,
personalidade política que combatia a fome, ilustra o problema dessa relação no
Brasil.
Segundo
a frase de Herbert de Souza, a ausência da ética na política tem como
consequência
A)
o
aumento do número de corrupção.
B)
a
ausência da autoridade política.
C)
os
desastres reais de ordem econômica e social.
D)
o
desejo de preceitos éticos na política.
E)
os
problemas internos na própria política.
RESPOSTA: C
COMENTÁRIO:
Segundo a frase de Herbert de Souza, quando falta ética na política,
o povo passa fome, o que caracteriza um problema da ordem econômica e social.
QUESTÃO 7
Habilidade:
Interpretar os pressupostos filosóficos da ética de Aristóteles.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Ética
aristotélica
“Ora,
a excelência moral se relaciona com as emoções e as ações, nas quais o excesso
é uma forma de erro, tanto quanto a falta, enquanto o meio termo é louvado como
um acerto; ser louvado e estar certo são características da excelência moral. A
excelência moral, portanto, é algo como equidistância, pois, como já vimos, seu
alvo é o meio-termo.”
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad:
Mário Gama kury. 4 ed. Brasília UNB, 2001, p. 42.
De
acordo com Aristóteles, a excelência moral é definida como
A)
a
atitude de indiferença diante das paixões humanas.
B)
a
capacidade do sujeito moral agir com justiça.
C)
o
aumento do reconhecimento pelas ações realizadas.
D)
o
desejo de cada ser humano fazer o que lhe agrada.
E)
o
equilíbrio entre os opostos: a emoção e o desejo.
RESPOSTA: B
COMENTÁRIO:
Para Aristóteles, a excelência moral diz respeito à equidade, ao
equilíbrio entre o excesso e a ausência, que é a justiça.
QUESTÃO 8
Habilidade: Analisar
um argumento usando a lógica como instrumento.
Nível de dificuldade: Difícil
Assunto: Lógica
Analise
as informações.
“Na
África Negra, 76% da mão-de-obra está voltada para a agricultura. O mesmo
ocorre com 55% da mão-de-obra da América do Sul e 62% da América Central. Por
conseguinte, os países subdesenvolvidos se caracterizam pela grande proporção
da população empregada na agricultura.”
Acesso em 12 fev. 2013.
A
conclusão das informações está embasada por dados estatísticos.
Este
é um argumento
A)
abstrato,
pois as premissas estão baseadas em um conhecimento hipotético da realidade.
B)
analógico,
haja vista que a conclusão se dá pela comparação entre os continentes.
C)
dedutivo,
pois as premissas sustentam e justificam a conclusão.
D)
indutivo,
pois as premissas são baseadas em experiências limitadas.
E)
intuitivo,
pois está baseado em um conhecimento direto da realidade.
RESPOSTA: D
COMENTÁRIO:
O argumento acima é indutivo, pois o fato de estatisticamente alguns
países subdesenvolvidos possuírem trabalhadores agrícolas, não garante que
todos os países subdesenvolvidos possuam a maioria de seus trabalhadores na
área rural. O argumento indutivo é o tipo de argumento em que as premissas não
asseguram necessariamente a conclusão.
QUESTÃO 9
Habilidade: Compreender
o conceito de felicidade, tomando como referência a filosofia de Epicuro.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Helenismo
[...]
Você vai rir, sem perceber
Felicidade é só questão de ser
Quando chover, deixar molhar
Pra receber o sol quando voltar
Melhor
viver, meu bem
Pois há um lugar em que o sol brilha pra você
Chorar, sorrir também e depois dançar
Na chuva quando a chuva vem [...]
Para
Epicuro, a felicidade é consequência da determinação do desejo para aquilo que
é simples. Se a felicidade é a satisfação do desejo, desejar o que é possível é
caminho para o prazer. A felicidade independe do reconhecimento exterior,
portanto ser feliz depende do prazer que advém da simples realização de
ser-estar-no-mundo.
Comparando
o trecho da música com o excerto entende-se que a felicidade para ambos é
A)
determinação
do desejo para aquilo que pode ser satisfeito.
B)
determinação
do pensamento para aquilo que é reflexivo.
C)
manifestação
psicológica de bem-estar.
D)
orquestração
do desejo em direção àquilo que é imediato.
E)
realização
pessoal através do reconhecimento de terceiros.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO:
Para Epicuro, a felicidade depende do sujeito. Se ele direcionar o
seu desejo para aquilo que é simples, a realização do seu desejo também será
simples e dessa forma a felicidade será mais fácil de ser realizada.
QUESTÃO 10
Habilidade: Identificar
a influência das percepções na forma de conceber a vida.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Helenismo
“A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo
campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda
é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um
campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações.”
Acesso em: 12 fev. 2013.
Do
ponto de vista de Fernando Pessoa, a vida é definida como as
A)
concepções
e sensações de cada um.
B)
expectativas
e desejos das pessoas.
C)
escolhas
feitas por todos.
D)
influências
que recebemos.
E)
posses
que adquirimos.
RESPOSTA: A
COMENTÁRIO:
Segundo o texto, a vida depende da concepção que cada um possui
dela, para quem é ambicioso suas posses são insuficientes, para aquele que está
satisfeito com o que tem, mesmo tendo pouco, sua sensação é de realização.
QUESTÃO 11
Habilidade:
Interpretar um poema de forma filosófica e crítica.
Nível de dificuldade: Médio
Assunto: Helenismo
Leia
o poema de Ricardo Reis.
Analise
um trecho do poema Odes, de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa.