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terça-feira, 21 de setembro de 2010

NOSSO MUNDO TÃO INTERESSANTE

O mundo de fato é algo muito interessante. Desperta em nós o desejo de desbravá-lo. Quanta coisa para conhecer na imensidade de nosso planeta. Mas o homem não se contenta em conhecer somente seu próprio mundo, quer ir além, conhecer e conquistar o universo. Cada coisa diferente desperta o interesse de pessoas também diferentes. Uns gostam da natureza, outros de tecnologia, outros ainda de mitologia. O que raramente se encontra é alguém que não goste de nada, que não se sinta atraído por coisa nenhuma. Diante de tanta coisa interessante algo se faz necessário, cuidar, mesmo daquilo que não se gosta ou se sinta atraído, porque sempre existe alguém que gosta. O cuidado é uma forma de preservar as coisas e agradecer a Deus por nos dar a oportunidade de viver e experimentar tudo isso. O cuidado principal deve ser dedicado a nós mesmos. Gente deve cuidar de gente. Infelizmente vemos no mundo, além de falta de cuidado e destruição da natureza, falta de cuidado do humano com o humano. Guerras, violência, destruição do meio ambiente são problemas com os quais a gente se depara constantemente. E temos culpa nisso. A destruição do meio ambiente se dá para criar produtos que nós consumimos. As guerras e a violência ocorrem porque compactuamos com um sistema injusto e violento, que nega direitos básicos ao ser humano. Ser gente nesse mundo tão grande é aprender a cuidar. Nisso a mitologia brasileira dá um banho. Saci-Pererê, Boto, Curupira, Iara, todos ensinam de alguma forma que o cuidado com a natureza é algo de suprema importância. E nós estamos incluídos na natureza. O homem depois que tomou consciência de si começou a achar que era algo separado da natureza, sendo essa um obstáculo a mais a ser superado. A natureza não pode ser obstáculo nem inimiga do homem porque sem ela não há homem. Devemos recuperar a consciência de que somos parte de um todo vivo. Se matamos o que está em nossa volta comprometemos nossa própria existência. A sabedoria indígena deve ser resgatada. O índio tinha consciência de que sem a floresta ele não tinha como viver. Mas o homem moderno e ganancioso ao olhar pra floresta só via lucro, rendas, receitas, oportunidade de fazer riquezas. A avareza e a ganância trazidas pelos europeus não podem continuar sendo modelo de vida para nós. Somos a pátria que deve dar exemplo ao mundo, mostrar que não é destruindo que se constrói, mas é preservando. Somos diferentes num mundo bem variado, os europeus trouxeram avanços, nos ensinaram muitas coisas, nos fizeram progredir, agora é hora de ensiná-los a preservar, a cuidar. Avançar tecnologicamente é importante, melhora a vida humana, só que não podemos avançar à custa de algo que irá fazer falta. O progresso precisa ter limite. Desenvolvimento sustentável é uma palavra muito utilizada pelos meios de comunicação e pelos políticos, mas que deve ser melhor analisada. Por mais que se queira crescer economicamente é importante saber que para crescer nos moldes do sistema capitalista é preciso destruir o meio ambiente. É da natureza que vem os recursos. Talvez seria o caso de rever o conceito de desenvolvimento sustentável, porque nem sempre o desenvolvimento se sustenta, ou sustenta a natureza. Expandir requer desbravar e desbravar requer desmatar. Podemos pagar um preço muito caro por não seguir nossa vocação de povo que cuida e preserva. Cada povo e cada cultura contribui de alguma forma para o verdadeiro progresso humano. A contribuição que devemos dar vem da essência que podemos encontrar na mitologia brasileira. Devemos olhar mais para o que é nosso, o que nós construímos como povo e valorizar mais ao invés de ficar “pagando pau” para o que vem de fora.