A FILOSOFIA, A PEDOFILIA E A HOMOSSEXUALIDADE (O SABER E O SEXO NO MUNDO GREGO ANTIGO)
Não deveria ser fácil ter como professor um centauro e ter que aguentar um falo equino numa aula de iniciação sexual. Melhor seriam outros deuses, famosos por seus corpos atléticos, músculos grandes e exuberantes, mas de "salários" minúsculos.
O termo filosofia origina-se do grego philia (amor, amizade, desejo...) + sophia (sabedoria, conhecimento). É, portanto, amor à sabedoria, amizade pelo conhecimento e desejo de saber. Outras palavras da língua portuguesa também possuem o étimo philia, como pedofilia (pedo vem do grego páidos, que pode ser traduzido por criança + philia, que vimos a possível tradução acima). O pedófilo seria então um amante da criança, um amigo do infante e alguém que deseja possuir a pureza pueril.
Muitos questionam a etimologia da palavra pedofilia, criticando o fato da mesma não manifestar a atrocidade da prática. Mas a visão depreciativa sobre o envolvimento de adultos com crianças é recente no ocidente e pouco comum no oriente, onde a prática ainda é usual. Na GRÉCIA ANTIGA, por exemplo, quem iniciava sexualmente as crianças eram os professores. A educação grega (paidéia) era uma formação integral da pessoa, abordando desde o estudo dos mitos, da filosofia, da política, da ética, da ginástica (que vem do grego gimnus, que quer dizer nú, ou seja, os gregos praticavam sua educação física pelados, como vieram ao mundo, despertando no aedo, preceptor ou mestre o desejo de possuir aqueles corpos após as atividades físicas) e inclusive da educação sexual, em caráter teórico e prático.
Os próprios jogos olímpicos eram realizados com seus atletas completamente nus. E nenhum pai da época questionava tal educação, pelo contrário, todos desejavam ver seus filhos sendo iniciados em todos os aspectos do conhecimento teórico e prático por um preceptor. Lembrando também que a iniciação sexual era homossexual, ou seja, de indivíduos do sexo masculino para com indivíduos do sexo masculino. As mulheres não recebiam a educação pública, sendo educadas somente para o cuidado do lar e dos afazeres domésticos.
A homossexualidade era outro fator cultural bastante disseminado no mundo grego e depois também no mundo romano. Grande parte dos homens gregos buscavam prazer era com outros homens, tendo nas mulheres somente uma referência familiar, de reprodução, garantia da prole e da continuidade de seu sangue. Acreditavam ainda que a beleza e a sabedoria poderiam ser transmitidas através das relações sexuais e por isso buscavam se deitar com pessoas consideradas belas e sábias. Há inclusive uma passagem célebre a obra O BANQUETE de PLATÃO onde ALCEBÍADES, maravilhado com a sabedoria de SÓCRATES, implora ao mesmo que se deite com ele.
Os banquetes gregos e as festas dionisíacas eram regadas a vinhos, reflexões filosóficas, apresentações teatrais, sacrifícios religiosos e depois orgias homossexuais. A repressão, discriminação e preconceito em relação à homossexualidade veio com a predominância do cristianismo, que é uma religião herdeira da cultura judaica, extremamente preconceituosa em relação ao homossexualismo (era inclusive punido com a pena de morte por apedrejamento, no antigo testamento). Mesmo assim os cristãos não conseguiram banir a homossexualidade de seus domínios, tendo inclusive sido praticada por grandes líderes religiosos ao longo da história, como papas, bispos, padres, diáconos e demais fiéis.
Há inclusive piadas sobre grandes personalidades do mundo grego antigo, como o próprio PLATÃO (cujo nome, ou apelido, ainda não se chegou a um consenso, sugere largura = plato em grego). Não se sabe se a largura refere-se aos seus ombros largos, visto que a ACADEMIA platônica exigia o exercício físico e o próprio fundador era um defensor do ideal grego de corpo são e mente sã, fazendo da escola não só referência em estudos filosóficos, mas também em local onde se cultivava a ginástica. Talvez também a largura pudesse se referir ao seu largo conhecimento, atestado pelas inúmeras obras e a enorme influência que ele exerceu na sociedade filosófica de sua época. Ou ainda, de forma vulgar e talvez até cômica, se referisse à largura de seu ânus, dilatado após anos de exercício de captação da beleza (sabe-se que PLATÃO não era famoso por seus atributos estéticos) e sabedoria alheia.
Outra piada dá conta de que ARISTÓTELES foi preceptor de ALEXANDRE, O GRANDE, e que provavelmente também iniciou sexualmente tal conquistador grego, deixando para os historiadores uma grande incógnita: Grande por que construiu um grande império? Grande por que possuía uma alta estatura? Ou GRANDE por que ALEXANDRE sempre gostou mesmo foi de um grande instrumento fálico? Deixemos a elucidação de tal mistério para aqueles que se debruçam sobre o assunto.
A homossexualidade não era atributo exclusivo dos homens gregos, visto que um grupo de mulheres guerreiras, conhecidas como amazonas, também curtiam uma relação entre iguais. Ralavam o bombril e colocavam as aranhas para brigar como ninguém. Inclusive não admitiam homens em seu bando, mas diante da necessidade de procriar e expandir a seita, sequestravam alguns indivíduos, obrigando-os a manter relações sexuais com as mulheres do grupo e depois sacrificavam o sujeito. Quando a criança nascia, se não fosse menina, era sacrificada. Lembrando, só se admitia mulheres entre as amazonas e o aborto de meninos era admitido como normal.
É em tal contexto cultural que surgiu e se desenvolveu a filosofia, em meio à pedofilia, à homossexualidade, ao aborto, estando intimamente associados: o saber, o conhecimento e o sexo em todas as suas formas de manifestação. O esclarecimento sobre tal forma de organização cultural é importante para romper preconceitos, pois foi justamente como forma de saber racional e que busca romper com dogmas preconceituosos, que a filosofia nasceu e cresceu como manifestação da racionalidade humana. Relativizar verdades incontestáveis é um dos atributos do pensamento filosófico.
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